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A cerimónia da transformação

Antes de serem conhecidos os vencedores dos prémios Portugal Digital Awards, houve espaço para o debate. Os temas em cima da mesa foram a Internet of Things e a transformação digital, que é vista por muitos como um imperativo.

06 de Julho de 2016 às 15:53
Inês Lourenço
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A cerimónia de entrega dos prémios Portugal Digital Awards decorreu no final de Junho, em Lisboa. Estes prémios visavam distinguir não start-ups mas projectos de transformação digital de companhias e entidades públicas que estão há anos no mercado. Entre os projectos que concorreram a este prémio, mais de sete dezenas foram validados. E foi deste leque que o júri decidiu os vencedores das oito categorias, bem como, as menções honrosas que foram atribuídas.

Antes da cerimónia decorreram dois debates: um sobre a Internet of Things (IoT) e outro sobre a transformação digital. Sobre a Internet of Things, Sofia Mendes, directora de Large Business e Public Sector da Vodafone Portugal, salientou que a IoT "vai transformar a vida das pessoas e dos negócios". No caso das empresas, a responsável referiu que esta mudança vai ocorrer dado que "é necessário tornar as empresas mais ágeis, mais eficientes na utilização dos recursos". "E a IoT transforma o negócio, torna mais rápida a reacção, torna os processos mais simplificados e permite-nos reagir de forma mais rápida àquilo que são as necessidades do mercado e dos utilizadores", acrescentou. A somar a isto está o facto de a Internet of Things conceder às companhias a capacidade para se diferenciarem. "Cada vez mais, as empresas lutam pela diferenciação, para continuarem a sobreviver e o IoT vai fazer parte da diferenciação", assumiu.

Bruno Horta Soares, docente no Programa Digital Transformation na Católica Business School, defendeu durante este primeiro debate que "todas as indústrias mais produtivas estão a usar o IoT como uma forma de conseguirem, num ambiente que é cada vez mais complexo, gerir essa complexidade". A IoT é "um dos pilares da criação de valor que é a optimização dos recursos".

Do ponto de vista das mudanças que o IoT vai provocar na vida das pessoas, Sofia Mendes apontou que estas alterações vão decorrer por vários motivos: a evolução social leva as pessoas a interagirem com as organizações de forma diferente do que acontecia no passado. "A verdade é que, cada vez mais, há mais pessoas e os recursos não estão a aumentar. Por isso, vamos ter de ser mais eficientes na utilização dos recursos", acrescentou.

Transformação digital: um comboio a não perder

O segundo painel abordou o tema da transformação digital. Um dos intervenientes foi Pedro Afonso, administrador da Novabase. O responsável apontou que a cloud e a Internet of Things "são veículos para ligar mais rapidamente mais pessoas e mais coisas à internet". Mas, o mais importante nesta transformação que está em curso é a "reorganização do trabalho" a que vai levar.

Por outro lado, Rogério Carapuça, presidente da APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações) e outro dos intervenientes, sinalizou que "hoje em dia, as coisas acontecem de forma muito mais rápida" do que nas revoluções do passado. E "perder uma revolução [como a transformação digital] é grave". Sendo que, no caso português, disse, há duas batalhas que o país não pode perder. A primeira é a da qualificação e a segunda a da "captação do crescimento económico [oriundo] da inovação que fazemos cá".


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