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Cada conceito de produto é desenvolvido à medida dos clientes industriais, num conceito de receita "tailor-made" e relação extremamente aberta e transparente ao nível da fase de desenvolvimento e inovação de produto.
As equipas de IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação), sejam elas centrais ou locais, têm que garantir que os produtos que desenvolveram e aprovaram com os clientes, são produzidos e fornecidos de uma forma consistente e homogénea em termos de qualidade, o que se torna um desafio contínuo, dada a complexidade da conjugação de ingredientes que compõem os produtos.
Por isso surgiu o projeto Digitalização do Chão de Fábrica. Como explica Rogério Silva, Executive Diretor da Frulact, "visou integrar bidirecionalmente o ERP com as diferentes linhas de produção das diferentes fábricas, garantindo que a informação necessária para o fabrico nas linhas, não se perde nem se distorce à medida que vai descendo das equipas centrais, que desenharam os produtos, até ao chão de fábrica, que os produz".
Baseada na internet
As comunicações são baseadas na internet, e procurou-se garantir, que em caso de falha de comunicação, momentânea ou mais demorada, se mantém a linha de produção operacional e sem perda de informação de processo.
As linhas de produção têm de interpretar as receitas, mas em que a intervenção humana seja a menor possível e se adaptem automaticamente os seus set-points e gerindo a transição entre produtos. Outro dos objetivos é permitir a rastreabilidade completa do lote do produto.
Executive Director da Frulact
Rogério Silva considera que há várias vantagens como a redução da variabilidade introduzida pelo fator humano, nomeadamente nas operações de setup ou a possibilidade de melhoria contínua, graças à recolha e interpretação dos dados recolhidos no processo. Assinala ainda a automatização da recolha de informação de gestão. "Conseguimos automatizar muito do reporting que suporta esses gestores, como por exemplo o OEE (Overall equipment efectiveness), tempos de paragens e respetivos motivos, e por outro lado automatizamos algumas tomadas de decisão, nomeadamente em processos de validação ao longo do processo produtivo", referiu Rogério Silva.
Parceiros e entusiasmo
Este projeto foi quase todo desenvolvido de forma interna, tendo sido idealizado e desenhado por elementos dos departamentos de engenharia, sistemas de Informação, R&D e industrial da Frulact. Em termos externos, Rogério Silva salientou que "um parceiro externo fundamental foi a Omron, uma vez que desde cedo percebeu o âmbito do projeto e apresentou soluções inovadoras e competitivas que respondem aos nossos objetivos. Um outro parceiro muito importante foi a AJA Automation, que pegou nessas soluções inovadoras da Omron e refez toda a programação das linhas, mantendo-os versáteis mas seguras".
Na sua aplicação no aparelho industrial da Frulact, "não se pode dizer que tivesse havido resistência, uma vez que, explicados os objetivos, ficou claro para todos os reais benefícios para a organização. No entanto havia algum cepticismo, mas à medida que íamos disponibilizando funcionalidades, esse cepticismo transformou-se em entusiasmo e eram geradas novas ideias para as funcionalidades seguintes", concluiu Rogério Silva.
A Frulact foi fundada em 1987 pela família Miranda e é gerida desde então por João Miranda.