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Pedro Faustino: “O palco por excelência da economia digital em Portugal”

“É uma iniciativa aberta a toda a economia, junta os atores desta indústria em Portugal com todos os setores de atividade como empresas, organismos públicos, universidades, fornecedores de tecnologia, consultores, providers de infraestruturas”, considera Pedro Faustino, managing director na Axians Portugal.

30 de Setembro de 2020 às 15:30
Pedro Faustino acredita que o digital pode ajudar a combater os aspetos negativos da transição que está a acontecer. Pau Storch
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"O Portugal Digital Awards é um programa que deu já origem a uma comunidade digital em Portugal da qual nos orgulhamos muito." A iniciativa conjunta da Axians e do IDC Portugal "é desta comunidade e é a ela que se deve o sucesso que tem tido", conclui Pedro Faustino.

Para o gestor, como pano de fundo existem duas revoluções a acontecer no mundo, meio abafadas na espuma das ondas deste mar da pandemia e que são a revolução digital e a revolução da sustentabilidade. "Em relação à última descansamos sobre a falsa sensação de que o ‘lockdown’ resolveu o problema, ou que pelo menos nos deu uma grande folga. A revolução digital, pelo contrário, mostrou ter hoje um papel crítico no mundo e ser um instrumento capaz de acelerar e transformar radicalmente as organizações, as relações sociais, a economia e a organização social", diz Pedro Faustino.

O acesso massivo e instantâneo à informação e à desinformação, a "remotização" relâmpago do trabalho e das relações sociais, o papel das tecnologias, designadamente da inteligência artificial, na procura de uma vacina ou de terapêuticas eficazes, o desaparecimento de algumas organizações e o surgimento de outras tantas mais bem adaptadas, a transformação das relações laborais. "Tudo isto são exemplos de uma revolução em curso que só é possível porque a digitalização está democratizada, madura e universal", considera Pedro Faustino.

Oportunidade para Portugal

Refere ainda que com a crise pandémica o "mundo mudou e está a mudar a uma velocidade vertiginosa. E os manuais de história do futuro dirão, provavelmente, que o mundo nunca mudou tanto em tão pouco tempo". Acrescenta que foi um tempo em que aumentou a taxa de mortalidade dos impossíveis: "Era ‘impossível’ dar aulas online, era ‘"impossível’ levar a cabo atos médicos online, era ‘impossível’ fazer reuniões e apresentações corporativas numerosas online, era ‘impossível’ tomar decisões com tanta incerteza, era ‘impossível’ ter o país e o mundo em shutdown."

"Portugal não deve e não pode ‘desperdiçar a oportunidade desta crise’ para reforçar de forma estruturada e muito afirmativa o seu cluster de empresas da economia digital. Isso começa na atenção dada à educação e à qualificação digital do país e passa pelas opções de investimento do Estado e das empresas. Porque a economia digital tem valor, gera valor e é rápida. E não me lembro de uma oportunidade tão flagrante e tão disruptiva para acelerar o crescimento económico e o papel de Portugal quanto esta", garante o managing director na Axians Portugal.

Mas se numa curva de aprendizagem vertiginosa, "mudámos hábitos de gerações, transformámos radicalmente cadeias de valor completas, reconvertemos fábricas, transformámos serviços, alterámos os nossos referenciais de gestão e liderança, mudámos os nossos padrões de consumo… por outro lado, a pandemia trouxe-nos também o medo. E que bem que o medo se dá com a crise económica, com o populismo, com os nacionalismos e com a exploração da ignorância…", avisa Pedro Faustino. Admite que a tecnologia digital, que permitiu reagir ao choque da mudança de uma forma tão eficaz pode também ajudar a combater os aspetos negativos da transição que está a acontecer.

Candidaturas até 23 de outubro de 2020 em www.portugaldigitalawards.pt
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