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"Portugal teve uma reação e um lockdown rápidos, os partidos políticos uniram-se nas primeiras decisões, a sociedade foi muito disciplinada durante o confinamento, o que ajudou muito aos números", referiu Chitra Stren, presidente do Elegant Family Hotels. Salienta que o exemplo de Itália serviu como alerta e detonador da reação rápida, pois permitiu antever o que poderia acontecer. "Os processos nos bancos levaram até seis semanas mas já tivemos respostas e os processos foram simplificados e os apoios para as PME foram rápidos", sublinha a gestora do grupo que tem a marca de luxo Martinhal em dois resorts no Algarve e dois hotéis em Lisboa (Chiado) e Cascais.
Não contrataram ninguém para a época e alta e, grande parte dos 300 funcionários, foram para lay-off. Durante estes três meses estiveram "a pensar no futuro mas também sobre o presente e fizemos algumas experiências takeaway e home delivery com o nosso hotel em Cascais para ficarmos ligados e saber o que é que o segmento quer".
Considera que as pessoas depois deste "lockdown" procuram marcas de confiança, e, por outro lado, preferem apartamentos turísticos ou em aldeamentos turísticos. "O alojamento local sozinho num grande prédio não oferece a mesma confiança do que nos apartamentos turísticos que são geridos por uma empresa", afirma Chitra Stern.
Turismo residencial
Para Chitra Stern, a reativação do turismo pode começar pelo desenvolvimento de programas como o Non-Habitual Residency ou os vistos gold. "Temos continuado a contactar com o mercado internacional e estamos a assistir ao aumento de procura de vistos gold de Hong Kong e da África do Sul atraídos pelo facto de Portugal ser um país seguro e amigável, que é considerado o terceiro destino mais seguro", refere Chitra Stern.
Também José Avillez, CEO do grupo José Avillez, defende que se volte a incluir Lisboa e Porto nos vistos gold e que se deveria aumentar a obrigação do tempo de permanência no país. Referiu que os seus clientes se repartem em 50% nacionais e 50% estrangeiros mas em termos de faturação eram 70% estrangeiros e 30% nacionais, porque quando se viaja gasta-se mais e estes residentes têm um nível de vida mais elevado.
No tempo pós-covid 19 tem de se olhar para outras formas como o turismo residencial, com as estadias de média e longa duração é uma das convicções de Chitra Stern para o futuro. "O estilo de vida em Portugal é atrativo e são pessoas de grande poder de compra que ficam mais tempo e atraem familiares para visitas."
Indicadores de esperança
"A rapidez, a inteligência e a flexibilidade são importantes para olhar para estas oportunidades no curto prazo e para isso é necessário mudar a legislação porque vai ter um impacto positivo porque há procura. Temos de ter todo o negócio que pudermos porque depois deste período vamos ver uma grande contração mundial, poderá ser uma recuperação em V mas temos de estar preparados para o pior", enfatiza Chitra Stern.
Adianta que tem confiança no futuro porque têm outros negócios com indicadores de esperança. "Na escola internacional foram feitas 83 inscrições durante este período. Na parte imobiliária estivemos a vender menos mas vendemos durante esta crise". Revela que desde que abriram estão a receber reservas de portugueses para os meses de junho, julho e agosto, "mas é um mercado pequeno e temos muitos hotéis e resorts em Portugal".
A sua previsão é que provavelmente dentro de um ano os estrangeiros regressem a Portugal "mas temos de ter um runway de tesouraria de três anos para enfrentar a contração global das economias. O Governo tem de reagir com rapidez, flexibilidade e inteligência, porque temos de ter novas rotas para países em que a crise não afete tanto como a Índia, o Algarve tem de ter outras rotas também que não podem ser só a Europa. Também é necessária flexibilidade laboral para mudar as pessoas entre áreas e hotéis", conclui Chitra Stern.
Saiba mais em www.pmenoradar.negocios.pt
Não contrataram ninguém para a época e alta e, grande parte dos 300 funcionários, foram para lay-off. Durante estes três meses estiveram "a pensar no futuro mas também sobre o presente e fizemos algumas experiências takeaway e home delivery com o nosso hotel em Cascais para ficarmos ligados e saber o que é que o segmento quer".
Considera que as pessoas depois deste "lockdown" procuram marcas de confiança, e, por outro lado, preferem apartamentos turísticos ou em aldeamentos turísticos. "O alojamento local sozinho num grande prédio não oferece a mesma confiança do que nos apartamentos turísticos que são geridos por uma empresa", afirma Chitra Stern.
Turismo residencial
Para Chitra Stern, a reativação do turismo pode começar pelo desenvolvimento de programas como o Non-Habitual Residency ou os vistos gold. "Temos continuado a contactar com o mercado internacional e estamos a assistir ao aumento de procura de vistos gold de Hong Kong e da África do Sul atraídos pelo facto de Portugal ser um país seguro e amigável, que é considerado o terceiro destino mais seguro", refere Chitra Stern.
Também José Avillez, CEO do grupo José Avillez, defende que se volte a incluir Lisboa e Porto nos vistos gold e que se deveria aumentar a obrigação do tempo de permanência no país. Referiu que os seus clientes se repartem em 50% nacionais e 50% estrangeiros mas em termos de faturação eram 70% estrangeiros e 30% nacionais, porque quando se viaja gasta-se mais e estes residentes têm um nível de vida mais elevado.
No tempo pós-covid 19 tem de se olhar para outras formas como o turismo residencial, com as estadias de média e longa duração é uma das convicções de Chitra Stern para o futuro. "O estilo de vida em Portugal é atrativo e são pessoas de grande poder de compra que ficam mais tempo e atraem familiares para visitas."
Indicadores de esperança
"A rapidez, a inteligência e a flexibilidade são importantes para olhar para estas oportunidades no curto prazo e para isso é necessário mudar a legislação porque vai ter um impacto positivo porque há procura. Temos de ter todo o negócio que pudermos porque depois deste período vamos ver uma grande contração mundial, poderá ser uma recuperação em V mas temos de estar preparados para o pior", enfatiza Chitra Stern.
Adianta que tem confiança no futuro porque têm outros negócios com indicadores de esperança. "Na escola internacional foram feitas 83 inscrições durante este período. Na parte imobiliária estivemos a vender menos mas vendemos durante esta crise". Revela que desde que abriram estão a receber reservas de portugueses para os meses de junho, julho e agosto, "mas é um mercado pequeno e temos muitos hotéis e resorts em Portugal".
A sua previsão é que provavelmente dentro de um ano os estrangeiros regressem a Portugal "mas temos de ter um runway de tesouraria de três anos para enfrentar a contração global das economias. O Governo tem de reagir com rapidez, flexibilidade e inteligência, porque temos de ter novas rotas para países em que a crise não afete tanto como a Índia, o Algarve tem de ter outras rotas também que não podem ser só a Europa. Também é necessária flexibilidade laboral para mudar as pessoas entre áreas e hotéis", conclui Chitra Stern.
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