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O robô Hugo não regressou ao apoio social da Cáritas Coimbra onde esteve entre 2014 e 2018 no âmbito do projeto GrowMeUp, financiado pelo programa H2020 da Comissão Europeia que em 2014-2018, para o desenvolvimento de um robô social, de apoio às atividades da vida diária mais velhas.
Foi emprestado ao Instituto Pedro Nunes de Coimbra, para o projeto Lifebots, "para continuar a desenvolver a plataforma do robô para que futuramente seja possível implementar nos nossos serviços", disse Natália Machado, gestora de projetos da Cáritas Coimbra. Nesta nova fase, as indústrias, a academia e organizações sociais como a Cáritas de Coimbra voltam a colaborar na troca de experiências e no desenvolvimento de novos robôs sociais.
Com interações através de voz ou touch-screen, o robô Hugo permitia o agendamento de compromissos, lembretes de toma de medicamentos. O projeto foi bem-sucedido porque "os nossos utentes, desde o início, estiveram presentes e participaram na construção desse robô. Mas este ainda estava numa fase de desenvolvimento em que não era possível ser implementado nos nossos serviços, tanto no centro de dia como nas estruturas residenciais", sublinha Natália Machado.
Durante a pandemia, houve algumas conversas com o IPN para tentar dar uma resposta nas estruturas assistenciais da Cáritas. Mas o robô, até pelas questões de isolamento social impostas pela luta contra o vírus, não estava em condições de ser implementado. "É um grande passo para que no futuro possamos atrair este tipo de tecnologia para os nossos serviços. Claro que não podemos esquecer o contacto pessoal, porque o robô seria apenas um instrumento, como todas as tecnologias, para novas tarefas."
Apoio ao trabalho social
Na fase de testes e de piloto sobre a efetividade do robô, esteve tanto nas áreas residenciais como no centro de dia. Uma das suas funcionalidades são os jogos de simulação cognitiva e física. "Esta parte era muito interessante porque os utentes do centro de dia usavam esses jogos e participavam dessas atividades", diz Natália Machado. "A investigação sobre robôs sociais nos cuidados de pessoas mais velhas pode ser importante para o futuro do apoio social", salientou.
Com o início do estado de emergência, muitos serviços tiveram de ser encerrados, como o centro de dia que dava apoio a pessoas mais velhas, que passavam o seu dia e tinham acesso a alimentação, a atividades físicas e cognitivas. Cerca de 200 pessoas tiveram de ficar em casa e cerca de 140 não tinham apoio familiar próximo. A Cáritas passou a fornecer apoio domiciliário, os colaboradores vão ter com esses idosos para os ajudar nas suas atividades. A Cáritas criou para estas pessoas as chamadas visitas guiadas em que passa pela utilização de smartphones ou tablets e assim as pessoas conseguem diminuir a distância em relação aos seus familiares e amigos através de videochamadas.
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