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"O mercado da restauração estava muito alavancado com o turismo internacional. Nesta fase, que já é época alta, teríamos 3 milhões de pessoas em Portugal a alimentar esses restaurantes e agora não temos", assinalou José Avillez. Acrescentou que "muitas vezes referi que questões como abrir a 50% não eram rentáveis, eram um falso problema, porque não há clientes suficientes para frequentarem os restaurantes que abriram. Se tirarmos 99% dos estrangeiros, grupos de risco, pessoas com medo, reduzimos o mercado e o consumo de uma forma esmagadora".
A restauração é um setor com mão de obra intensiva. Com equipas grandes de cozinha e de sala e sem adaptação da mão de obra à procura não é viável. Para José Avillez, o facto de os apoios governamentais impedirem os despedimentos durante certo tempo implica que "não consigamos gerir as nossas empresas".
A 1 de junho abriu o Bairro do Avillez, onde se instalaram a Pizzaria Lisboa e o Mini Bar deixaram as anteriores moradas e em julho é a vez do Belcanto. Pelo caminho ficaram o Café Lisboa, no Chiado, o Mini Bar do Porto, a Cantina Peruana, a Casa dos Prazeres e o Rei da China, e o Beco. "Gostaria de ter mantido o maior número de postos de trabalho mas não é possível manter todos os postos de trabalho."
Ajudas a fundo perdido
José Avillez sublinhou os dados de um inquérito da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal que preveem que cerca de 30% dos hotéis e restaurantes ponderam abrir falência. "Nas linhas de crédito há uma visão de liquidez e tesouraria, mas pouco económica, porque quem se endivida agora para pagar a fornecedores que tem em atraso, e os 30% do lay-off, está só a gastar dinheiro e a sair disto tudo ainda mais endividado para enfrentar uma grande incerteza", salientou José Avillez.
Na opinião de José Avillez esta crise inopinada junta uma crise de saúde pública e a crise financeira e considera que se fez "um grande esforço a nível governamental para se conseguir dar certos apoios. Sei que não é fácil responder tão rapidamente a um problema inesperado, mas de facto também nunca ninguém tinha feito um P&L [´profi & losses'] com uma empresa que faturava zero e que mantinha os custos".
Para o chef e gestor de restauração deveria existir uma ajuda a fundo perdido através da redução do IVA, da TSU, ou um prolongamento do lay-off com condições que permitam que as pessoas trabalhem em vez de ficaram em casa. "Haver um apoio a fundo perdido para conseguirmos ultrapassar os próximos dois anos, até 2022, que serão muito complicados". Acredito que tudo pode voltar ao normal mas não consigo colocar no papel antes da primavera de 2022", refere José Avillez.
Saiba mais em www.pmenoradar.negocios.pt
A restauração é um setor com mão de obra intensiva. Com equipas grandes de cozinha e de sala e sem adaptação da mão de obra à procura não é viável. Para José Avillez, o facto de os apoios governamentais impedirem os despedimentos durante certo tempo implica que "não consigamos gerir as nossas empresas".
A 1 de junho abriu o Bairro do Avillez, onde se instalaram a Pizzaria Lisboa e o Mini Bar deixaram as anteriores moradas e em julho é a vez do Belcanto. Pelo caminho ficaram o Café Lisboa, no Chiado, o Mini Bar do Porto, a Cantina Peruana, a Casa dos Prazeres e o Rei da China, e o Beco. "Gostaria de ter mantido o maior número de postos de trabalho mas não é possível manter todos os postos de trabalho."
Ajudas a fundo perdido
José Avillez sublinhou os dados de um inquérito da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal que preveem que cerca de 30% dos hotéis e restaurantes ponderam abrir falência. "Nas linhas de crédito há uma visão de liquidez e tesouraria, mas pouco económica, porque quem se endivida agora para pagar a fornecedores que tem em atraso, e os 30% do lay-off, está só a gastar dinheiro e a sair disto tudo ainda mais endividado para enfrentar uma grande incerteza", salientou José Avillez.
Na opinião de José Avillez esta crise inopinada junta uma crise de saúde pública e a crise financeira e considera que se fez "um grande esforço a nível governamental para se conseguir dar certos apoios. Sei que não é fácil responder tão rapidamente a um problema inesperado, mas de facto também nunca ninguém tinha feito um P&L [´profi & losses'] com uma empresa que faturava zero e que mantinha os custos".
Para o chef e gestor de restauração deveria existir uma ajuda a fundo perdido através da redução do IVA, da TSU, ou um prolongamento do lay-off com condições que permitam que as pessoas trabalhem em vez de ficaram em casa. "Haver um apoio a fundo perdido para conseguirmos ultrapassar os próximos dois anos, até 2022, que serão muito complicados". Acredito que tudo pode voltar ao normal mas não consigo colocar no papel antes da primavera de 2022", refere José Avillez.
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