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"Este contexto de pandemia em que vivemos introduziu profundas alterações que experienciámos em primeiro mão como empregadores e depois através dos contactos com os nossos clientes, quer indivíduos quer empresas", referiu Isabel Guerreiro, administradora do Santander Portugal, no segundo Think Tank Digital PME no Radar, a iniciativa do Negócios, em parceria com o Santander, que está a promover a discussão em setores-chave da economia
Como o banco já tinha as condições técnicas para o poder fazer, pôs, em menos de uma semana, a totalidade dos serviços centrais em teletrabalho. Mas o mais surpreendente, para esta gestora de topo, foi o "processo muito acelerado de autoformação que revelou pela enorme capacidade de adaptação e de ajuste que as pessoas tiveram".
Depois olharam para a outra parte do negócio e aperceberam-se de que os clientes, tanto as empresas como os particulares, aceleraram na adoção do digital nas suas atividades bancárias e financeiras. "Foi uma surpresa porque eram pessoas a quem no passado tínhamos oferecido a possibilidade de transacionar e trabalhar com o banco de forma digital, mas que tinham apresentando vários tipos de resistência, como as demográficas ou porque o balcão era muito conveniente. Mas este contexto levou-os a que fizessem uma adoção vertiginosa do processo digital", explicou Isabel Guerreiro.
Empresas digitais
Na sua opinião, este processo "notou-se sobretudo nas empresas, que não se relacionavam digitalmente com o banco e, em menos de dez dias, tivemos uma taxa de crescimento de dois dígitos na digitalização, o que nunca tinha acontecido".
No Santander desde 2005, Isabel Guerreiro tem na administração a área da transformação digital. Confia que estas mudanças, tanto a transacionalidade como da compra de bens e serviços de forma digital, vieram para ficar definitivamente".
Considera que "neste aspeto tivemos um fast-tracking de aprendizagem, estávamos atrasados face à média da União Europeia, e acredito que a pandemia nos fez ter um catch-up muito rápido, com o que já tinha acontecido no Reino Unido ou os nórdicos".
Isabel Guerreiro sublinhou que o banco vai "continuar a investir na inovação, no apoio aos nossos clientes tanto de forma física como de forma remota, apoiando-os tanto na transição para o digital como continuar a suportá-los nos balcões que continuam abertos com os constrangimentos que são conhecidos".
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