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João Freire de Andrade, presidente da Portugal Fintech, faz uma análise crítica das medidas tomadas pelo Governo em resposta à pandemia de covid-19, que têm como foco as empresas mais tradicionais, e esquecem as especificidades das start-ups.
As linhas de crédito são na prática difíceis de atingir porque os ativos das start-ups são sobretudo intangíveis, não têm muitas receitas e as instituições “têm uma ação predadora com as exigências de garantias e colaterais; estão a seguir as regras mas estas deixam as start-ups de fora”, refere João Freire de Andrade, presidente da Portugal Fintech.
No que toca aos lay-offs, as start-ups já investiram tanto na atração de talento e mão de obra especializada que é um risco fazer um lay-off, “é a última coisa de que querem ouvir falar” porque é um risco para a sobrevivência futura do negócio. No Luxemburgo, 80% do salário é pago pelo Estado e no Reino Unido têm sido garantidas algumas ajudas para este tipo de empresas.
Por sua vez as receitas também estão a ser afetadas porque “as empresas que adjudicaram projetos estão a empurrar a sua execução para a frente e outros projetos foram adiados e suspensos. Os recebimentos dos clientes foram postecipados, por isso seria necessário criar uma espécie de factoring para apoiar as start-ups”, propõe João Freire de Andrade.
Presidente da Portugal Fintech