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"Nos últimos dias temos tido algumas notícias positivas, nomeadamente a Comissão Europeia tem informado que a Agência Europeia do Medicamento já tem em mãos a autorização de algumas terapias muito eficazes, que no espaço de algumas semanas estarão no mercado para o tratamento da covid-19. Se isto acontecer haverá um efeito psicológico e importante nas pessoas e na economia", disse Maria Graça Carvalho, deputada no Parlamento Europeu e presidente do Intergrupo-Investimentos Sustentáveis de Longo Prazo e Indústria Europeia Competitiva.
"Não basta haver decisões ao nível das entidades europeias e dos governos para reabrir as fronteiras, restabelecer os voos, se não existir confiança nas empresas e nas pessoas porque sem confiança não vão aderir sem haver uma vacina ou uma terapia", adiantou a eurodeputada durante a 3ª webconferência PME no Radar, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Santander.
Maria Graça de Carvalho considerou que é importante para o mercado único que as fronteiras estejam abertas à circulação de produtos e de pessoas sempre que seja necessário e imprescindível.
"A abertura de fronteiras tem de ser cuidadosa porque estamos a lutar contra uma pandemia que ainda não está completamente dominada. Como não ainda temos a solução definitiva, como seja uma terapia eficiente e eficaz e/ou uma vacina, a nossa solução é o isolamento e algum confinamento, para evitar a propagação em regiões que ainda têm índices de infeção elevados. Temos de ter um equilíbrio", disse Maria Graça de Carvalho.
Referiu a importância da angariação global de fundos de 7,4 biliões de euros para o financiamento para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas, coordenado pela União Europeia. "São ações importantes para que haja rapidamente uma solução que dê confiança às pessoas e que resolva de uma forma definitiva este impasse em que nos encontramos", considerou Maria da Graça Carvalho.
A deputada portuguesa, eleita numa lista do PSD ao Parlamento Europeu, afirmou que "a Comissão Europeia ainda está hesitante na data da abertura das fronteiras, falava-se em 18 de Maio. Mas está à espera desta boa novidade que permita criar confiança nas pessoas e torne abertura de fronteiras efetiva. Para o mercado interno será muito importante, mas tem de ser feita com cuidado e com monitorização dos resultados. O perigo é grande e continua a ser grande, porque não temos solução para ele e a economia baseia-se na confiança, não vale a pena abrir se não criar confiança".