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Segundo José Manuel Mendonça, presidente do INESC-TEC, a plataforma tecnológica está a operar e a aplicação está em testes. Depende de alguns apports do sistema de saúde e de um refinamento do interface da aplicação que tem de ser interativo, informativo e que descanse as pessoas relativamente à privacidade dos dados. Poderá ficar disponível dentro de uma a duas semanas e vai ser apresentada ao Presidente da República, Governo, parceiros sociais para receber feedback.
A app StayAway é uma aplicação móvel para rastreio rápido e anónimo das redes de contágio por covid-19 em Portugal, que surge no âmbito do Monitor4COVID19. Como refere Manuel Heitor, "os principais laboratórios associados para Fundação da Ciência e Tecnologia nas áreas do computer sciences em Portugal mobilizaram-se, e sob a liderança do INESC-TEC do Porto IT, INESC ID e LARSyS, assim como o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), desenvolveram e está prestes a ser concluída esta app seguindo rigorosamente as referências europeias que exigem que seja totalmente voluntária, não discriminatória, seja anonimizada e proteja a privacidade".
Standard europeu
Neste projeto seguiu-se o standard europeu, e procedimentos como o facto de ser voluntária, não discriminatória, completa segurança e privacidade dos dados, "não existe GPS, tracking, nem base de dados central, a informação está no telemóvel e sob controlo do utilizador, usa a tecnologia Bluetooth para trocar mensagens entre os telemóveis, medir distâncias e nem sequer não fica registo quando e onde esteve e com que esteve", assegura José Manuel Mendonça.
Seria também importante que tivesse interoperabilidade europeia, diz José Manuel Mendonça. Ainda não está nenhuma aplicação similar a funcionar na Europa, mas rapidamente vai acontecer, e "seria importante que um alemão em Portugal, ou um português em França, tivessem um sistema que funcionasse porque senão há regresso a uma normalização qualquer que ela seja".
Manuel Heitor reiterou que a plataforma que está prestes a ser partilhada é de uso voluntário, e é um sensor de proximidade, "com dados totalmente anónimos e serve para a pessoa perceber se há ajuntamentos de pessoas ou não". Um segundo nível de adoção é o registo voluntário das pessoas infetadas. "Se mantivermos os princípios da privacidade da informação, de iniciativa voluntária, a anonimização dos dados, descentralizada e baseada nas pessoas deve ser incentivada e estimulada."
"Não tem nada a ver com os modelos seguidos inicialmente em Singapura, que supunham um uso forçado. No contexto europeu foram definidas regras e regulamentações diferentes. Só funcionará se houver uma mobilização muito grande", concluiu Manuel Heitor.
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