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Na digitalização das PME há um longo trabalho a fazer

As empresas mais pequenas podem aproveitar a transformação digital como um dos principais instrumentos para a sua revitalização e integração em cadeias de valor.

Filipe S. Fernandes 21 de Maio de 2020 às 16:00
O economista Jaime Quesado salienta a rapidez da evolução digital.
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"Esta crise que estamos a viver foi uma crise inesperada no contexto, mas também vai representar para as empresas, particularmente para as PME e as start-ups, um desafio muito grande", referiu Jaime Quesado, economista e gestor. Citou um especialista da McKinsey que disse que nunca se esperou que, em dois meses, se tivesse uma evolução tão grande do ponto de vista do digital e da utilização das tecnologias, que, em princípio, iria demorar dez anos.

Salientou que existe uma cumplicidade cada vez maior entre as empresas e os centros de inovação no que é a procura de novas soluções contra esta crise. "Como o CEIIA que conseguiu, em tempo útil, numa parceria inteligente com a universidade, empresas de referência e apoios públicos criar ventiladores que já estão em produção", sublinhou.

Este gestor acrescentou que tem acompanhado há 20 anos as principais transformações da sociedade da informação, das tecnologias, não só do Estado mas a componente empresarial. "O balanço destes 20 anos de aposta pública maciça nas tecnologias de informação e na transformação digital é muito positiva ao nível do Estado", considerou Jaime Quesado.

Dois mundos

Na sua visão, a componente das empresas tem dois mundos. As grandes empresas e as multinacionais, as empresas líderes dos diferentes clusters que já têm processos de transformação digital estabelecidos e consolidados e hoje são exemplo em termos de boas práticas e do que conseguem implementar em termos de cadeias de valor.

Ao nível das pequenas e médias empresas há um longo trabalho a fazer. "É um sinal que existe para o futuro que é o das empresas mais pequenas poderem aproveitar a transformação digital como um dos principais instrumentos para a sua revitalização e integração em cadeias de valor" disse Jaime Quesado.

O desafio que os empresários e os gestores vão ter no futuro é sobre o equilíbrio entre o trabalho presencial e o mediado por tecnologia. O teletrabalho trouxe uma revolução porque, a partir do momento que se perceber que "a presença física do trabalhador poderá ser complementada com uma presença digital vai ter claramente um fator adicional naquilo que é a utilização do digital, do ponto de vista da cadeia de valor", concluiu Jaime Quesado.


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