A PT Portugal deverá ser vendida no próximo ano e, neste momento, é a Altice, empresa que detém a Cabovisão e a Oni, que está mais perto de ficar com a operação do Meo. Falta o aval dos accionistas da PT SGPS para que a venda se concretize. O que pode vir a acontecer a 12 de Janeiro, se em assembleia-geral os accionistas da PT SGPS aprovarem a venda proposta pela Oi.

Se a PT Portugal for vendida à Altice, a operadora passará a ser diferente. Para já, a Altice terá de decidir se vende algum activo detido em Portugal, se na análise concorrencial for impedida de juntar os dois grupos. Ainda assim, uma alteração estrutural irá acontecer com a venda da PT Portugal. Esta empresa será apenas Portugal, deixando os activos africanos na Oi, uma vez que estão integrados na Africatel.

A operação que é mais conhecida pela marca Meo poderá sofrer algumas mudanças, mas não desaparecerá, já que, além de ser uma marca líder em notoriedade, é também a principal referência no mercado de comunicações móveis e fixas. Na televisão não é líder de mercado, mas está a aproximar-se do topo. A PT Portugal é também líder no segmento empresarial. É isso que a Altice pretende comprar. Ainda que não se saiba, desde já, qual vai ser o plano estratégico da empresa nem quem ficará a liderar a companhia.

A Altice já fez saber que pretende manter a força de trabalho, a inovação e pretende reforçar os investimentos da PT Portugal, nomeadamente ao nível da rede.

Se a PT Portugal não for vendida à Altice, ficará para já na Oi, ainda que continue com Isabel dos Santos à espreita. A empresária angolana não foi para a frente com a oferta pública de aquisição sobre a PT SGPS, que lhe daria uma posição relevante na Oi e, por essa via, na PT Portugal.

Qualquer que seja o cenário, é admitido que 2015 volte a ser um ano agitado no sector das telecomunicações em Portugal, podendo haver mais movimentos de fusão quer a Altice compre a PT Portugal, quer não compre. Aliás, à semelhança do que está a acontecer um pouco por todo o mundo.

No universo PT o desfecho da PT SGPS também poderá revelar-se em 2015, o ano decisivo para se perceber se a combinação de negócios com a Oi, ratificada em Setembro pelos accionistas da PT, prossegue conforme acordado.