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Entre 1996 e 2015, as exportações portuguesas de viagens e turismo praticamente triplicaram. Isto é, aquilo que os turistas estrangeiros gastam para viajar para Portugal, para ficar nos hotéis ou para comer nos restaurantes deu um salto gigante nos últimos 20 anos, principalmente desde 2009, com um aumento de 64% desde esse ano.
Em 1996, este tipo específico de exportações de serviços rondava os 3,7 mil milhões de euros, tendo aumentado desde esse ano para os 11,4 mil milhões. O crescimento foi mais ou menos constante, mas a subida mais pronunciada observou-se nos últimos seis anos. Ao mesmo tempo, as importações de serviços relacionadas com viagens e turismo também avançaram, mas a um ritmo muito mais modesto. Aumentaram de 1,8 mil milhões de euros em 1996, para 3,6 mil milhões em 2015.
Quando se fala em exportações, normalmente pensamos em grandes cargueiros com contentores empilhados. Mas existe outro tipo de vendas ao exterior que não implica troca de bens. São chamadas exportações de serviços. Por exemplo, os serviços de um escritório de advogados português a uma empresa angolana está dentro dessa categoria. Na área do turismo, é quando um viajante estrangeiro paga por um quarto num hotel de Coimbra, vai jantar a um restaurante de Portimão ou vai a um spa na Serra da Estrela. Quando acontece o contrário - um português a viajar para o estrangeiro - conta como uma importação.
58%
Estrangeiros
Em 2015, quase seis em cada dez hóspedes de hotéis em Portugal eram estrangeiros. Um valor que tem crescido substancialmente.
As exportações de serviços têm representado um bálsamo para as exportações portuguesas tendo hoje um peso de 28% nas vendas totais ao exterior, com destaque para a receita turística. Na diferença entre as exportações e as importações de serviços, a balança de viagens e turismo tem um impacto positivo na economia portuguesa de 4,3% do PIB. Mais do dobro do valor de 1996 (2%). Actualmente, são cerca de 7,8 mil milhões de euros.
É difícil saber exactamente quanto é que o turismo dá à economia portuguesa, uma vez que abrange várias actividades em que os viajantes estrangeiros gastam dinheiro em solo português.
Contudo, olhar para o valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelas empresas de restauração e hotelaria pode ser uma bússola relevante para estimar esse impacto turístico. Em 2015, geraram 8,4 mil milhões de euros, o que representa 5,4% do VAB total da economia. Ou seja, mais de um em cada 20 euros de riqueza vem dessas duas actividades económicas.
Em 1996, este tipo específico de exportações de serviços rondava os 3,7 mil milhões de euros, tendo aumentado desde esse ano para os 11,4 mil milhões. O crescimento foi mais ou menos constante, mas a subida mais pronunciada observou-se nos últimos seis anos. Ao mesmo tempo, as importações de serviços relacionadas com viagens e turismo também avançaram, mas a um ritmo muito mais modesto. Aumentaram de 1,8 mil milhões de euros em 1996, para 3,6 mil milhões em 2015.
Quando se fala em exportações, normalmente pensamos em grandes cargueiros com contentores empilhados. Mas existe outro tipo de vendas ao exterior que não implica troca de bens. São chamadas exportações de serviços. Por exemplo, os serviços de um escritório de advogados português a uma empresa angolana está dentro dessa categoria. Na área do turismo, é quando um viajante estrangeiro paga por um quarto num hotel de Coimbra, vai jantar a um restaurante de Portimão ou vai a um spa na Serra da Estrela. Quando acontece o contrário - um português a viajar para o estrangeiro - conta como uma importação.
58%
Estrangeiros
Em 2015, quase seis em cada dez hóspedes de hotéis em Portugal eram estrangeiros. Um valor que tem crescido substancialmente.
As exportações de serviços têm representado um bálsamo para as exportações portuguesas tendo hoje um peso de 28% nas vendas totais ao exterior, com destaque para a receita turística. Na diferença entre as exportações e as importações de serviços, a balança de viagens e turismo tem um impacto positivo na economia portuguesa de 4,3% do PIB. Mais do dobro do valor de 1996 (2%). Actualmente, são cerca de 7,8 mil milhões de euros.
É difícil saber exactamente quanto é que o turismo dá à economia portuguesa, uma vez que abrange várias actividades em que os viajantes estrangeiros gastam dinheiro em solo português.
Contudo, olhar para o valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelas empresas de restauração e hotelaria pode ser uma bússola relevante para estimar esse impacto turístico. Em 2015, geraram 8,4 mil milhões de euros, o que representa 5,4% do VAB total da economia. Ou seja, mais de um em cada 20 euros de riqueza vem dessas duas actividades económicas.
Mais de oito milhões de dormidas britânicas Em 2015, os estabelecimentos hoteleiros portugueses tiveram mais de oito milhões de dormidas de hóspedes do Reino Unido, mostram os dados do INE. É, de longe, o país que mais contribui para este indicador. A nação que surge em segundo lugar é a Alemanha, com 4,6 milhões de dormidas. Espanha e França contribuem ambas com mais de três milhões.
No entanto, importa também olhar para as variações mais interessantes nas últimas décadas. Por exemplo, em 1960, os norte-americanos eram a terceira nacionalidade com mais dormidas em Portugal. Hoje são a oitava. O salto mais surpreendente talvez venha da Irlanda. Nestas mais de cinco décadas, os turistas irlandeses aumentaram quase 18 000% (!) o número de noites passadas em Portugal, de 6,6 mil para perto de 1,2 milhões.
No entanto, importa também olhar para as variações mais interessantes nas últimas décadas. Por exemplo, em 1960, os norte-americanos eram a terceira nacionalidade com mais dormidas em Portugal. Hoje são a oitava. O salto mais surpreendente talvez venha da Irlanda. Nestas mais de cinco décadas, os turistas irlandeses aumentaram quase 18 000% (!) o número de noites passadas em Portugal, de 6,6 mil para perto de 1,2 milhões.