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Indústria da pasta e papel coopera, mas falta ligação à academia

A indústria da pasta e papel gostaria de ter uma maior colaboração com a Academia.

14 de Julho de 2016 às 12:10
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A indústria da pasta e do papel colabora, mas podia ir mais longe. Dá-se como exemplo o brasileiro, onde as empresas "desenvolveram uma capacidade saudável de cooperação, nomeadamente na investigação florestal e na área logística, em que têm portos comuns por forma a reduzir custos de transporte.

"Nós estamos mais atrasados nesse campo." Ainda assim são lembrados pontos de colaboração que se faz sentir nomeadamente na área florestal, em particular na prevenção e combate aos incêndios. Neste campo há inclusive uma cooperação com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e uma estrutura autónoma em ligação com a Protecção Civil. "Há uma colaboração muito activa de intervenção em todo o território em que estamos presentes." A colaboração estende-se aos fornecedores na ajuda a torná-los mais eficientes, uma parceria que pode "ser potenciadora de criação de valor". A indústria garante que não quer ser proprietária da floresta. Actualmente tem cerca de 5% da área. "Mas a indústria não tem vantagem ela própria de ser maior proprietária." Mas acabou por desenvolver conhecimento sobre silvicultura, culturas, plantas que coloca ao serviço dos produtores. Que por vezes até são apoiados financeiramente nas suas tomadas de decisão de investimento, técnicas e até de formação.

Fala-se ainda de outras colaborações, como a partilha, perto das fábricas da Figueira da Foz da Navigator e da Altri, de um canal de abastecimento de água. Fala-se em colaboração neste caso, para de seguida se concluir que o que está em causa é, no entanto, a indústria a substituir uma função que deveria ser o Estado a prestar. São milhões de euros por ano.

Apesar destes exemplos, há uma área que a indústria da pasta e do papel gostaria de ter maior colaboração. É com a academia. Tal como ficou patente, neste "think tank", que acontece com os moldes. "Falta-nos dar o salto na área de parceria entre universidades e indústria."

PROTAGONISTAS Quem esteve no "think tank" sobre pasta e papel e moldes Optou-se pela regra Chatham House, em que tudo pode ser escrito, mas nada pode ser atribuído para liberdade de opinião.

Carlos Álvares
Presidente do Banco Popular Portugal
Carlos Van Zeller
Administrador da Altri
João Faustino
Presidente da Cefamol
José Luís Carvalho
Membro do grupo técnico florestal da Celpa
Manuel Regalado
Administrador da The Navigator Company
Nuno Silva
Presidente da Moldit


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