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Notícia

Ex-Libris de São João da Madeira

Juntando a cultura industrial a uma coleção de arte privada, São João da Madeira montou um roteiro turístico que teve em 2018 o maior número de visitantes de sempre.

Rute Barbedo 29 de Janeiro de 2019 às 11:30
Ricardo JR
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Cultura
Fábricas e arte contemporânea

Mais de 28 mil pessoas terão percorrido, em 2018, os museus, fábricas e outros espaços que integram o circuito de Turismo Industrial de São João da Madeira, um programa lançado pela autarquia local em 2012, o primeiro do género a nível nacional. Do calçado à chapelaria, passando pelo ferro, colchões, têxteis ou pela única fábrica de lápis da Península Ibérica - a Viarco -, as rotas turísticas integram ainda o Núcleo de Arte da Oliva, composto por duas importantes coleções de arte: a de Norlinda e José Lima (arte contemporânea) e a Treger/Saint Silvestre (arte bruta).

Até 17 de Fevereiro, é possível visitar neste espaço uma exposição com obras de 1971 a 2014 de 50 artistas portugueses, tais como Rui Chafes ou Ana Hatherly.

Gastronomia
A forma da comida

Não há propriamente um prato típico e original de São João da Madeira. O que se pode provar no concelho vem da região que o circunda, desde a gastronomia marítima de Aveiro até à lentidão da carne arouquesa. Tentando ter uma voz no assunto, os habitantes vão colocando, nos encontros de gastronomia e outros certames, o coelho no centro da mesa. É uma alusão à importância do animal para a indústria local do pêlo, utilizado em empresas como a Cortadoria Nacional de Pêlo, que fornece a indústria de chapéus, por exemplo. Ao mesmo, à falta da tal essência local, a autarquia decidiu trabalhar a forma. Foi assim que se criou o projeto "Gastroformas da Indústria Sanjoanense", em que é possível comer rissóis em forma de sapatos ou bolos em forma de chapéus, uma homenagem à atividade económica de São João da Madeira.

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