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Pinturas em vidro, tapetes recuperados ou esculturas de homenagem a refugiados, em vez de mochilas e manuais escolares. A antiga escola básica de Santarém foi reconvertida numa incubadora de artes, um espaço para os artistas da região trabalharem as suas criações.
A Incubadora de Artes, da Câmara de Santarém, abriu em Março, no centro histórico, depois do encerramento no final do ano lectivo passado da escola de São Salvador. "Decidimos aproveitar um espaço que iria ficar devoluto para o projecto de cidade inclusiva", explica Susana Pita Soares. "Queremos, através da arte, revitalizar o centro histórico" e fixar jovens, diz a vereadora da Cultura.
As sete salas de aula da antiga escola ainda têm apenas três novos inquilinos, que durante alguns meses podem utilizar o espaço para pintar. O objectivo é alargar a outras artes, havendo já um espaço direccionada para o teatro. Mas, é preciso insonorizar uma sala, que permita trazer música para a Incubadora de Artes. E a incubadora gostaria de ter uma estrutura de apoio, que permitisse a vinda de artistas de fora. Para isso, espera conseguir financiamento no âmbito do Portugal 2020, conta a vereadora.
Paula Sousa Cardoso é a primeira artista a ocupar uma das salas. Está a trabalhar pinturas em vidro e acrílico, com jogos de espelhos. "Quero levar a vaidade a descobrir certos dados escondidos", conta a artista. Nas paredes estão alguns dos trabalhos que expôs. O objectivo é que os artistas personalizem os espaços, que podem utilizar livremente, depois de verem a sua candidatura aceite. Para isso têm um código para entrar no edifício.
Na cantina está Mário Jorge Rodrigues, um "reformado activo". Em casa não tinha espaço para pintar a tela de cinco metros de largura, nem para fazer a escultura de seis toneladas que está a preparar "em homenagem aos refugiados". "Os artistas lutam muito para ter o seu espaço próprio, ainda bem que a Câmara resolveu ceder este espaço devoluto", diz o artista plástico.
Também Inês Favila realça a importância do espaço disponível na Incubadora de Artes para a obra que está a criar. Está a recuperar um tapete antigo, acrescentando-lhe desenhos inspirados na teoria dos grafos (que estuda as relações entre objectos de um conjunto). Licenciada em Engenharia, à tarde dá explicações de Matemática. "Não dá para viver só disto", admite. "Mas esta é a minha grande paixão".
No final, o objectivo de Inês Favila é expor o tapete pendurado. Esta é a contrapartida que a Câmara pede aos artistas que estão na Incubadora de Artes: "mostrar as obras aos cidadãos como moeda de troca".
A Incubadora de Artes, da Câmara de Santarém, abriu em Março, no centro histórico, depois do encerramento no final do ano lectivo passado da escola de São Salvador. "Decidimos aproveitar um espaço que iria ficar devoluto para o projecto de cidade inclusiva", explica Susana Pita Soares. "Queremos, através da arte, revitalizar o centro histórico" e fixar jovens, diz a vereadora da Cultura.
As sete salas de aula da antiga escola ainda têm apenas três novos inquilinos, que durante alguns meses podem utilizar o espaço para pintar. O objectivo é alargar a outras artes, havendo já um espaço direccionada para o teatro. Mas, é preciso insonorizar uma sala, que permita trazer música para a Incubadora de Artes. E a incubadora gostaria de ter uma estrutura de apoio, que permitisse a vinda de artistas de fora. Para isso, espera conseguir financiamento no âmbito do Portugal 2020, conta a vereadora.
Paula Sousa Cardoso é a primeira artista a ocupar uma das salas. Está a trabalhar pinturas em vidro e acrílico, com jogos de espelhos. "Quero levar a vaidade a descobrir certos dados escondidos", conta a artista. Nas paredes estão alguns dos trabalhos que expôs. O objectivo é que os artistas personalizem os espaços, que podem utilizar livremente, depois de verem a sua candidatura aceite. Para isso têm um código para entrar no edifício.
Na cantina está Mário Jorge Rodrigues, um "reformado activo". Em casa não tinha espaço para pintar a tela de cinco metros de largura, nem para fazer a escultura de seis toneladas que está a preparar "em homenagem aos refugiados". "Os artistas lutam muito para ter o seu espaço próprio, ainda bem que a Câmara resolveu ceder este espaço devoluto", diz o artista plástico.
Também Inês Favila realça a importância do espaço disponível na Incubadora de Artes para a obra que está a criar. Está a recuperar um tapete antigo, acrescentando-lhe desenhos inspirados na teoria dos grafos (que estuda as relações entre objectos de um conjunto). Licenciada em Engenharia, à tarde dá explicações de Matemática. "Não dá para viver só disto", admite. "Mas esta é a minha grande paixão".
No final, o objectivo de Inês Favila é expor o tapete pendurado. Esta é a contrapartida que a Câmara pede aos artistas que estão na Incubadora de Artes: "mostrar as obras aos cidadãos como moeda de troca".
Os artistas lutam muito para ter o seu espaço próprio. Mário Jorge Rodrigues Artista plástico