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Matosinhos tem um gigante no centro do seu tecido empresarial. Com sede no concelho, o Continente representa cerca de um terço do volume de negócios total do município. O que significa que Matosinhos apresenta níveis muito elevados de concentração de grupos económicos, bem como um défice comercial face ao exterior.
Os dados cedidos pela Informa DB ao Negócios concluem que o Continente emprega mais de 22 mil pessoas e tem um volume de negócio de quase 3,4 mil milhões de euros. É, de longe, a maior empresa do concelho. Aliás, se somarmos os restantes nove grupos do top 10, ainda ficam a quase um milhão das vendas que a empresa de Belmiro de Azevedo consegue sozinha. Por outro lado, a informação do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que Matosinhos, na sua totalidade, gera um volume de negócio próximo dos 9,8 mil milhões de euros.
Ou seja, o Continente vale 35% do total. Se alargamos às quatro maiores empresas, verificamos que quase 50% das vendas estão aí concentradas. Matosinhos tem o valor mais elevado de todos os municípios da Área Metropolitana do Porto.
Muitas vezes, nestes tops de maiores empresas, quem tem o maior volume de negócio é também quem mais exporta. Neste caso, está longe de ser assim. O Continente exportou em 2014 pouco mais de dois milhões de euros, o que o deixa longe do top 10 do município. De referir que a Worten – que também faz parte do grupo Sonae – é a quarta maior exportadora (e tem também o segundo maior volume de negócio).
Mas voltando ao Continente, esta dependência tão grande uma empresa pode ter consequências inesperadas. É que, embora exporte pouco, a empresa tem necessidades de importação elevadas. Compra ao estrangeiro 417 milhões de euros por ano. Isto é, sozinha, tem um défice comercial de mais de 400 milhões.
Este será um dos principais factores por trás do saldo comercial negativo de Matosinhos que, em 2015, rondava os 680 milhões de euros. As categorias que mais contribuíram para este défice são "produtos do reino animal" e máquinas, aparelhos, material eléctrico (pense em televisões, por exemplo).
A concentração não se esgota nas vendas. Nas exportações observa-se um efeito semelhante, ainda que menos significativo. As três maiores exportadoras ultrapassam os 500 milhões de euros vendidos ao exterior, lideradas pela J.P. Sá Couto, seguida pela Efacec e a Unicer. As três representam perto de dois terços das exportações de Matosinhos. De referir que, tal como acontece com o Continente, a J.P. Sá Couto contribui para o défice comercial do concelho, com um saldo negativo de quase 100 milhões.
Os dados cedidos pela Informa DB ao Negócios concluem que o Continente emprega mais de 22 mil pessoas e tem um volume de negócio de quase 3,4 mil milhões de euros. É, de longe, a maior empresa do concelho. Aliás, se somarmos os restantes nove grupos do top 10, ainda ficam a quase um milhão das vendas que a empresa de Belmiro de Azevedo consegue sozinha. Por outro lado, a informação do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que Matosinhos, na sua totalidade, gera um volume de negócio próximo dos 9,8 mil milhões de euros.
Ou seja, o Continente vale 35% do total. Se alargamos às quatro maiores empresas, verificamos que quase 50% das vendas estão aí concentradas. Matosinhos tem o valor mais elevado de todos os municípios da Área Metropolitana do Porto.
Muitas vezes, nestes tops de maiores empresas, quem tem o maior volume de negócio é também quem mais exporta. Neste caso, está longe de ser assim. O Continente exportou em 2014 pouco mais de dois milhões de euros, o que o deixa longe do top 10 do município. De referir que a Worten – que também faz parte do grupo Sonae – é a quarta maior exportadora (e tem também o segundo maior volume de negócio).
Mas voltando ao Continente, esta dependência tão grande uma empresa pode ter consequências inesperadas. É que, embora exporte pouco, a empresa tem necessidades de importação elevadas. Compra ao estrangeiro 417 milhões de euros por ano. Isto é, sozinha, tem um défice comercial de mais de 400 milhões.
Este será um dos principais factores por trás do saldo comercial negativo de Matosinhos que, em 2015, rondava os 680 milhões de euros. As categorias que mais contribuíram para este défice são "produtos do reino animal" e máquinas, aparelhos, material eléctrico (pense em televisões, por exemplo).
A concentração não se esgota nas vendas. Nas exportações observa-se um efeito semelhante, ainda que menos significativo. As três maiores exportadoras ultrapassam os 500 milhões de euros vendidos ao exterior, lideradas pela J.P. Sá Couto, seguida pela Efacec e a Unicer. As três representam perto de dois terços das exportações de Matosinhos. De referir que, tal como acontece com o Continente, a J.P. Sá Couto contribui para o défice comercial do concelho, com um saldo negativo de quase 100 milhões.