- Partilhar artigo
- ...
É o problema de ser um concelho dependente de serviços, com forte ênfase no turismo. Com um tecido produtivo relativamente frágil e pouco diversificado, Faro tem uma capacidade exportadora fraca quando comparada com o resto do País.
Com apenas 16,1 milhões de euros exportados em 2014, Faro está na segunda metade da tabela dos municípios portugueses no que diz respeito às vendas feitas ao exterior. Concelhos como Salvaterra de Magos, Sertã, Arruda dos Vinhos ou Sobral de Monte Agraço exportam mais.
Se formos mais longe nesta análise, verificamos que na relação exportações/população residente, Faro – tal como outros concelhos do Algarve – é mesmo um dos piores classificados no País, com um rácio de 264 euros por pessoa.
Os números falam mesmo por si. Apesar de estarem a crescer, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que as exportações farenses foram pouco superiores a 16 milhões de euros no ano passado. O que é um problema quando o município necessita de importar mais de 51 milhões no mesmo ano. O resultado? Um défice de 35 milhões de euros.
A falta de capacidade exportadora observa-se nos dados disponibilizados pela Informa DB ao Negócios. Mesmo incluindo exportações de serviços, só 10% das empresas farenses vende para fora (17% no País).
Olhando apenas para bens, as principais compras são produtos do reino animal, da indústria alimentar, assim como máquinas e aparelhos. As maiores exportações vêm de vegetais, máquinas e aparelhos e material de transporte.
Essa divisão reflecte-se apenas parcialmente na lista das maiores empresas exportadoras do concelho. Um ranking dominado pelo comércio a retalho, a grosso e, claro, o turismo (que não entra nas contas do INE).
Clima
Universidade
Capital