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Faurecia: "Somos quase um centro de formação industrial"

O director da fábrica de Bragança da Faurecia, Paulo Fernandes, referiu que a implementação da unidade teve impacto económico, não só directamente, com a criação de 700 empregos, mas também em outras actividades.

12 de Maio de 2015 às 21:14
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A implantação da Faurecia em Bragança, em 2001, teve impacto económico na região, não só directamente, através  da criação de cerca de 700 empregos, mas também com a procura de restaurantes, hotéis, fornecedores e outro tipo de serviços que dinamizam a cidade. 

 

Que impacto teve em Bragança a implantação da Faurecia?
Temos cerca de 700 trabalhadores, indirectos e directos, neste momento. E só estamos a falar de pessoas que trabalham directamente connosco. Temos ainda a parte de limpeza do edifício e a de gestão do parque de resíduos, que também pertencem a outras empresas. Não podemos esquecer o comércio de material de consumíveis que temos aqui a Bragança, bem como os hotéis, porque as visitas aqui são diárias. Temos praticamente todas as semanas um cliente em Bragança.

 

Como é que começou esta ligação a Bragança?
Foi pela oportunidade por parte da Câmara Municipal em 2001, que forneceu este edifício à Faurecia. Na altura, Bragança soube da intenção da Faurecia, que queria implementar uma unidade, e apresentou à empresa este edifício. Não é uma zona industrial, não temos mão-de-obra, por assim dizer, qualificada. Estas pessoas vêm da agricultura e da construção civil e somos nós que as formamos. Somos quase um centro de formação industrial. Já várias pessoas saíram daqui para São João da Madeira ou para o estrangeiro.

 

Como é feito o transporte das peças da unidade?
Enviamos os produtos por camião. É o único que nos compensa.

 

Como é que começou a trabalhar aqui a Bragança?
Sou de Bragança, comecei a trabalhar cá quando a fábrica arrancou. Mas tanto estou aqui, como a proposta pode ser ir para outra fábrica em outro país.  Há uma coisa que se nota: as famílias vêm para aqui trabalhar. Temos marido, mulher, casais a formarem-se cá dentro, todos muito jovens. E ouvimos comentários das pessoas na cidade que dizem: a Faurecia tem de se manter por cá. Até porque, ao termos cinco, seis, dez pessoas diariamente de França, quatro dias por semana, eles têm que jantar em algum lado e há restaurantes privilegiados. Sem esta mais-valia alguns já tinham, às tantas, fechado.

 

Que impacto teve a crise do sector automóvel na Faurecia?
Tivemos de fazer um ajustamento, mas agora temos de fazer um [ajustamento] ao contrário. Vê-se um crescimento forte no ramo automóvel e uma aposta não só em Bragança. 

 

O que é que estão a desenvolver neste momento?
Estamos a arrancar novos conceitos produtivos e novos produtos. Neste momento, estamos a arrancar com novas normas de despoluição a nível da Europa e estamos a ser a primeira fábrica a arrancar para os construtores automóveis.

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