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"A inovação tecnológica tem tido sempre um papel fundamental na proteção de cuidados de saúde, mas, quando pensamos em tecnologia e saúde, é muito importante que a tecnologia esteja ao serviço de uma estratégia ou visão e que estas tenham em conta o nosso ponto atual, os problemas que temos, e o ponto onde pretendemos chegar", disse Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) no encerramento da 7.ª Conferência Investir em Saúde, uma iniciativa do Jornal de Negócios e da Janssen com o apoio institucional da APAH. Xavier Barreto considera que esta visão tem de contar com os problemas mais graves do sistema nacional de saúde, em particular do SNS, que são o acesso e a equidade. "Há problemas de financiamento claríssimos, agudizados agora pelo contexto internacional e que serão ainda mais graves no próximo ano porque é essa a tendência. O acesso e a equidade são os problemas que mais nos preocupam", sublinhou Xavier Barreto. Assinalou ainda que será pouco provável que se consiga ter resultados melhores no acesso e a equidade sem mudanças. Um dos principais problemas é o dos doentes crónicos.
O SNS faz 12 milhões de consultas e 70% são consultas de seguimento. "Cada uma das consultas de seguimento tem um custo de oportunidade que é não fazer uma primeira consulta, não fazer novos diagnósticos nem tratar novos doentes. Temos de refocar os hospitais e o sistema de saúde em dar acesso a novos doentes, fazer novos diagnósticos e novos tratamentos, encontrando novos percursos clínicos para o acompanhamento dos doentes crónicos", referiu Xavier Barreto. "Temos de pensar o sistema como um todo, num novo modelo de cuidados mais próximo de todos os ‘stakeholders’, de modo a que se foque em melhorar acesso e equidade."
O SNS faz 12 milhões de consultas e 70% são consultas de seguimento. "Cada uma das consultas de seguimento tem um custo de oportunidade que é não fazer uma primeira consulta, não fazer novos diagnósticos nem tratar novos doentes. Temos de refocar os hospitais e o sistema de saúde em dar acesso a novos doentes, fazer novos diagnósticos e novos tratamentos, encontrando novos percursos clínicos para o acompanhamento dos doentes crónicos", referiu Xavier Barreto. "Temos de pensar o sistema como um todo, num novo modelo de cuidados mais próximo de todos os ‘stakeholders’, de modo a que se foque em melhorar acesso e equidade."