Outros sites Medialivre
Notícia

Sistema científico e tecnológico em Portugal é um parceiro preferencial

A E-REDES tem um papel ativo e uma participação permanente nos principais fóruns de discussão e de partilha a nível europeu. Inclui as universidades e os institutos de investigação e desenvolvimento nas iniciativas internacionais nas quais participa.

21 de Março de 2023 às 14:30
A carregar o vídeo ...
Sistema científico e tecnológico em Portugal é um parceiro preferencial
  • Partilhar artigo
  • ...

"O evento desta terça-feira na Universidade da Beira Interior é uma de entre várias ações que temos vindo a desenvolver em conjunto, e que dão boa nota da vontade de manter e consolidar esta cooperação", refere Luís Vale Cunha, engenheiro, diretor com a área dos Projetos e Políticas Europeias da E-REDES. Sublinha a importância do sistema científico e tecnológico português como "um parceiro preferencial a nível nacional e, também, europeu, e um dos principais pilares da nossa atuação" e que estão presentes "em todas as iniciativas internacionais nas quais participamos".

 

Quais são os projetos e em que áreas é que a E-REDES tem relações com o sistema científico e tecnológico em Portugal?

A E-REDES tem um papel ativo e uma participação permanente nos principais fóruns de discussão e de partilha a nível europeu, contribuindo para um posicionamento inovador do país na procura e adoção de soluções sustentáveis. Este tipo de abordagem também existe do lado do regulador, com o contributo da E-REDES, cujas iniciativas em torno da discussão dos planos de investimento nas redes ou das condições-base para o acesso à informação por parte dos consumidores são disso um bom exemplo.

Algumas das áreas de investigação e desenvolvimento em que temos estado mais envolvidos nos últimos anos a nível internacional passam pela inovação ao nível das redes, onde temos uma trajetória consistente e de liderança, e pelo desenho de soluções de flexibilidade,  envolvendo consumidores, plataformas de mercado e outros operadores de sistema, como a REN – Redes Energéticas Nacionais. Nesta matéria, coordenamos um projeto de referência a nível europeu, o EUniversal.

Mais recentemente, temos dedicado particular atenção à partilha de informação, através de projetos onde contribuímos para o desenho de um espaço europeu aberto e interoperável que pretende ligar o setor da energia e outros com os quais poderá estar relacionado. A nível nacional, temos uma aposta forte e consistente da disponibilização de dados abertos à sociedade, visando o desenvolvimento de novas soluções e serviços.

A mobilidade elétrica integra o leque de iniciativas internacionais onde estamos diretamente envolvidos, com particular atenção aos impactos deste novo tipo de consumo nas redes, e à forma como estes dispositivos móveis que consomem e armazenam energia poderão contribuir para a estabilidade do sistema. Paralelamente, estamos a avaliar novas oportunidades para otimizar a introdução de soluções de armazenamento na operação das redes.

Estamos na linha da frente da Europa em matéria dos digital twins ("gémeos digitais"), e do seu contributo para o desenvolvimento sustentável do sistema elétrico como um todo e trata-se de um tema emergente, na interceção entre a energia e o digital.

 

Esta nova sessão da E-REDES Academia realiza-se na Universidade da Beira Interior (UBI). Qual tem sido o contributo da UBI no âmbito das redes inteligentes e transferência de poder para o consumidor?

A UBI reúne um conjunto de valências em áreas de engenharia, informática, matemáticas e respetivas aplicações, sociologia, design, gestão, política internacional, todas relevantes para a transição energética e para os desafios que a E-REDES tem entre mãos. Temos uma prática continuada de cooperação próxima com o sistema científico e tecnológico nacional, onde se destacam universidades de referência como a UBI.

O poder dos consumidores na nova energia A conferência "Redes Inteligentes e Transferência de Poder para o Consumidor" realiza-se hoje, 21 de março, pelas 14h00, no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, na Covilhã. Esta iniciativa integra o Ciclo de Conferências "Redes para a Transição Energética", uma organização do Jornal de Negócios e da E-REDES.

Nesta conferência, que se inicia às 14h00, a abertura vai ser feita por Mário Raposo, reitor da Universidade da Beira Interior, e por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã.

Pelas 14h45 inicia-se a apresentação de projetos. Sob o tema "Transição Energética In Loco", Luís Tiago Ferreira, da E-REDES, fala sobre "Os Dados: Open Data E-REDES", e Carlos Santos, Enerarea, sobre "Os Planos: Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior". Com o tema "Transição Energética In Lab", André Águas, E-REDES, debruça-se sobre "A Gestão Flexível dos Recursos Distribuídos", e Diogo Pereira, da Universidade da Beira Interior, discursa sobre "As Tarifas e o Perfil de Consumo".

Às 16h00 começa o debate com António Marques, Universidade da Beira Interior, Luís Cunha, E-REDES, Isabel Apolinário, ERSE, João Serra, Enforce, Rui Duarte, Gartner Portugal, e Victor Abreu, Withus.

Segue-se a assinatura do protocolo E-REDES Open Data/ Universidade da Beira Interior, a que se sucede o encerramento com as palavras de José Ferrari Careto, presidente do conselho da administração da E-REDES, e Jorge Brandão, vogal executivo do Centro 2020/CCDR-Centro.

Pode assistir ao streaming da Conferência no Facebook ou em Negócios.pt a partir de 22 de março, às 14h30.