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A presença das empresas portuguesas no mercado liberalizado de energia já é uma realidade, pelo que a redução da factura energética para o tecido empresarial nacional, em especial para as pequenas e médias empresas (PME), obriga a que se olhe cada vez mais para a quantidade.
António Coutinho, engenheiro e administrador da EDP Comercial, sublinhou precisamente esta ideia durante o Seminário "A Gestão de Energia nas PME", que decorreu no dia 14 de Julho no Museu do Oriente, em Lisboa. "Quando andamos no mercado à procura do melhor preço, as diferenças de preço entre fornecedores começam a não ser muito significativas", afirmou António Coutinho que garante ser esta a altura "em que devemos olhar para a componente da quantidade".
Este administrador da EDP Comercial sublinha que enquanto do lado do preço "podemos reduzir a nossa factura em 1%, 2%, ou 3%, quando falamos na quantidade podemos estar a falar em reduções de 30%".
Desde logo António Coutinho aponta que o primeiro passo "para actuar na quantidade passa por nos conhecermos enquanto consumidores", para depois realçar que "existem oportunidades para as PME produzirem a sua própria energia, e a EDP estará cá para ajudar nesse processo com várias modalidades contratuais". Até porque, defende este engenheiro, é importante que o tecido empresarial perceba que muitas das possibilidades de melhoria ao nível da eficiência energética estão dentro das próprias instalações das empresas.
Já Pedro Neves Ferreira, director de planeamento energético da EDP, lembra que "os objectivos de política energética europeia implicam a descarbonização massiva do sector eléctrico", descarbonização esta que está a obrigar a repensar "toda a estrutura de mercado, quer do mercado grossista, quer do mercado retalhista".
E se no mercado grossista a descarbonização implica uma "revisão do desenho de mercado assente em mecanismos concorrenciais para contratação de longo prazo", ao nível retalhista é necessária uma "estrutura tarifária adaptada à nova realidade de custos fixos, eliminando distorções e promovendo a electrificação", explica Pedro Neves Ferreira.
O director de planeamento energético da EDP destaca alguns elementos decisivos para o aumento da componente fixa da factura energética como a existência de um "mecanismo estrutural para alinhar os custos do sistema com o sinal de preço ao consumidor final", ou um "desenho tarifário conducente a uma maior electrificação do consumo, promovendo assim a eficiência energética e a descarbonização da economia".
Por fim, Pedro Neves Ferreira aponta um importante desafio de forma a aumentar a eficiência energética e que passa pelo "aperfeiçoamento dos actuais mercados", mediante a promoção de uma "integração cada vez maior entre mercados transfronteriços".
António Coutinho, engenheiro e administrador da EDP Comercial, sublinhou precisamente esta ideia durante o Seminário "A Gestão de Energia nas PME", que decorreu no dia 14 de Julho no Museu do Oriente, em Lisboa. "Quando andamos no mercado à procura do melhor preço, as diferenças de preço entre fornecedores começam a não ser muito significativas", afirmou António Coutinho que garante ser esta a altura "em que devemos olhar para a componente da quantidade".
Este administrador da EDP Comercial sublinha que enquanto do lado do preço "podemos reduzir a nossa factura em 1%, 2%, ou 3%, quando falamos na quantidade podemos estar a falar em reduções de 30%".
Desde logo António Coutinho aponta que o primeiro passo "para actuar na quantidade passa por nos conhecermos enquanto consumidores", para depois realçar que "existem oportunidades para as PME produzirem a sua própria energia, e a EDP estará cá para ajudar nesse processo com várias modalidades contratuais". Até porque, defende este engenheiro, é importante que o tecido empresarial perceba que muitas das possibilidades de melhoria ao nível da eficiência energética estão dentro das próprias instalações das empresas.
Já Pedro Neves Ferreira, director de planeamento energético da EDP, lembra que "os objectivos de política energética europeia implicam a descarbonização massiva do sector eléctrico", descarbonização esta que está a obrigar a repensar "toda a estrutura de mercado, quer do mercado grossista, quer do mercado retalhista".
E se no mercado grossista a descarbonização implica uma "revisão do desenho de mercado assente em mecanismos concorrenciais para contratação de longo prazo", ao nível retalhista é necessária uma "estrutura tarifária adaptada à nova realidade de custos fixos, eliminando distorções e promovendo a electrificação", explica Pedro Neves Ferreira.
O director de planeamento energético da EDP destaca alguns elementos decisivos para o aumento da componente fixa da factura energética como a existência de um "mecanismo estrutural para alinhar os custos do sistema com o sinal de preço ao consumidor final", ou um "desenho tarifário conducente a uma maior electrificação do consumo, promovendo assim a eficiência energética e a descarbonização da economia".
Por fim, Pedro Neves Ferreira aponta um importante desafio de forma a aumentar a eficiência energética e que passa pelo "aperfeiçoamento dos actuais mercados", mediante a promoção de uma "integração cada vez maior entre mercados transfronteriços".
Tome nota Dicas para reduzir a conta da luz Mais do que o preço, as empresas poderão reduzir o peso dos custos com energia prestando maior atenção à componente da quantidade. Conhecer a forma como se consome energia é um factor determinante.
Consultar as facturas
O primeiro passo para reduzir a factura energética (tanto das empresas como das famílias) passa por consultar a factura detalhada. Porque como explica António Coutinho, administrador da EDP Comercial, "para actuar na quantidade é preciso conhecermo-nos enquanto consumidores". Conhecer, por exemplo, os dias e horas em que o consumo energético é maior pode contribuir para uma gestão energética mais eficaz. Analisar a evolução dos consumos permite também fazer uma melhor gestão dos mesmos.
Possibilidades dentro da empresa
A partir do momento em que uma determinada empresa conhece a forma como consome energia, deve procurar internamente formas de optimizar os consumos. A opção pela melhor tecnologia disponível no que diz respeito às lâmpadas é uma forma de garantir um consumo mais eficiente. Por outro lado, assegurar uma iluminação eficiente também contribui para a melhoria da imagem da mesma.
Recurso a energias renováveis
Recorrer a energias renováveis como a instalação de painéis solares garante um autoconsumo energético e consequente redução da factura de energia. E quanto maior for este autoconsumo maior é a rentabilidade do investimento feito. Garante ainda uma imagem amiga do ambiente à empresa, o que poderá favorecer o seu posicionamento em termos de mercado, uma vez que há cada vez mais clientes a valorizarem as empresas que funcionam de forma sustentável.
Optimização da potência contratada
A adequação da potência contratada às reais necessidades de uma empresa (ou de uma família) é também uma forma de optimizar o consumo energético.
Substituir proteções das luminárias
A substituição das protecções das luminárias, bem como a mera limpeza das mesmas, garante uma melhor e mais eficiente iluminação. O que pode até permitir reduzir a intensidade das luzes sem que o grau de iluminação seja penalizado.
Sistemas de controlo de iluminação
O recurso a este tipo de sistema possibilita, por exemplo, programar diferentes níveis de iluminação em função das horas ou das divisões, o que acabará por se reflectir numa optimização da gestão dos consumos.
Manutenção de equipamentos
Assegurar que os equipamentos estão a funcionar a 100% garante que os mesmos mantêm um consumo eficiente. Pelo contrário, se os equipamentos não estiverem a trabalhar na plenitude das suas capacidades, isso acabará por se repercutir num aumento do consumo energético.
Aproveitamento da luz solar
Estudar a melhor forma de aproveitar a luz solar/natural é uma forma de diminuir a dependência relativamente à luz artificial.
Digitalização da relação
Apostar na digitalização da relação com o fornecedor de energia permite uma melhor, mais rápida e eficiente gestão dos consumos.
Consultar as facturas
O primeiro passo para reduzir a factura energética (tanto das empresas como das famílias) passa por consultar a factura detalhada. Porque como explica António Coutinho, administrador da EDP Comercial, "para actuar na quantidade é preciso conhecermo-nos enquanto consumidores". Conhecer, por exemplo, os dias e horas em que o consumo energético é maior pode contribuir para uma gestão energética mais eficaz. Analisar a evolução dos consumos permite também fazer uma melhor gestão dos mesmos.
Possibilidades dentro da empresa
A partir do momento em que uma determinada empresa conhece a forma como consome energia, deve procurar internamente formas de optimizar os consumos. A opção pela melhor tecnologia disponível no que diz respeito às lâmpadas é uma forma de garantir um consumo mais eficiente. Por outro lado, assegurar uma iluminação eficiente também contribui para a melhoria da imagem da mesma.
Recurso a energias renováveis
Recorrer a energias renováveis como a instalação de painéis solares garante um autoconsumo energético e consequente redução da factura de energia. E quanto maior for este autoconsumo maior é a rentabilidade do investimento feito. Garante ainda uma imagem amiga do ambiente à empresa, o que poderá favorecer o seu posicionamento em termos de mercado, uma vez que há cada vez mais clientes a valorizarem as empresas que funcionam de forma sustentável.
Optimização da potência contratada
A adequação da potência contratada às reais necessidades de uma empresa (ou de uma família) é também uma forma de optimizar o consumo energético.
Substituir proteções das luminárias
A substituição das protecções das luminárias, bem como a mera limpeza das mesmas, garante uma melhor e mais eficiente iluminação. O que pode até permitir reduzir a intensidade das luzes sem que o grau de iluminação seja penalizado.
Sistemas de controlo de iluminação
O recurso a este tipo de sistema possibilita, por exemplo, programar diferentes níveis de iluminação em função das horas ou das divisões, o que acabará por se reflectir numa optimização da gestão dos consumos.
Manutenção de equipamentos
Assegurar que os equipamentos estão a funcionar a 100% garante que os mesmos mantêm um consumo eficiente. Pelo contrário, se os equipamentos não estiverem a trabalhar na plenitude das suas capacidades, isso acabará por se repercutir num aumento do consumo energético.
Aproveitamento da luz solar
Estudar a melhor forma de aproveitar a luz solar/natural é uma forma de diminuir a dependência relativamente à luz artificial.
Digitalização da relação
Apostar na digitalização da relação com o fornecedor de energia permite uma melhor, mais rápida e eficiente gestão dos consumos.
Dois casos práticos de como baixar os custos com a energia A Biogama, uma empresa especializada na produção e comercialização de granulado de borracha reciclada a partir de pneus inutilizáveis, e a Quinta Nova de Benfica, empresa que se dedica à produção em larga escala de produtos agrícolas, estiveram no Seminário "A Gestão de Energia nas PME" enquanto exemplos de sucesso na redução da factura energética.
Através da oferta disponibilizada pela EDP, ambas as empresas melhoraram a sua eficiência energética, traduzida em menores custos.
A Biogama fê-lo recorrendo ao serviço gratuito "Gestão de Consumos Light" destinado a empresas, que lhe garantiu "acesso aos dados do consumo e cruzar dados para melhorar a eficiência energética", explicou Pedro Barros, director de produção da Biogama.
Já a Quinta Nova de Benfica recorreu às soluções de energia solar fornecidas pela EDP para "prover energia para os sistemas de rega". João Mascarenhas, gestor da empresa, notou que através da instalação de painéis solares, "em 2015 produzimos um terço da energia que consumimos", salientando ainda que a energia solar produzida permitiu reduzir para metade o valor da factura energética.
Já João Paulo Calau, da ADENE (Agência para a Energia), fez questão de sublinhar a possibilidade actual que as empresas têm de "produzir energia que é auto-consumida" e de a "injectarem na rede".
Através da oferta disponibilizada pela EDP, ambas as empresas melhoraram a sua eficiência energética, traduzida em menores custos.
A Biogama fê-lo recorrendo ao serviço gratuito "Gestão de Consumos Light" destinado a empresas, que lhe garantiu "acesso aos dados do consumo e cruzar dados para melhorar a eficiência energética", explicou Pedro Barros, director de produção da Biogama.
Já a Quinta Nova de Benfica recorreu às soluções de energia solar fornecidas pela EDP para "prover energia para os sistemas de rega". João Mascarenhas, gestor da empresa, notou que através da instalação de painéis solares, "em 2015 produzimos um terço da energia que consumimos", salientando ainda que a energia solar produzida permitiu reduzir para metade o valor da factura energética.
Já João Paulo Calau, da ADENE (Agência para a Energia), fez questão de sublinhar a possibilidade actual que as empresas têm de "produzir energia que é auto-consumida" e de a "injectarem na rede".