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Comprar ou arrendar
• 89,7% preferem a aquisição de casa própria e apenas 10% optam pelo arrendamento.
• A preferência por casa própria explica-se porque 58% consideram ser um investimento futuro e 38% salientam que essa é a maneira de criar um lar.
• 44,9% arrendam porque é a opção mais acessível quando não se têm as condições económicas para comprar habitação própria.
• 43,7% arrendam pela flexibilidade para mudar facilmente de residência quando for necessário e 39,3% dizem que arrenda para não assumir compromissos e riscos.
• 76,4% das pessoas que vivem em arrendamento preferiam ter habitação própria.
A procura
• 75% na cidade em que têm residência.
• 61,% preferem apartamentos.
• 60,2% querem casas sem necessidade de remodelação ou obra.
• 40,9% com três quartos.
• 49,5% com duas casas de banho.
• 82,6% querem estacionamento para residentes.
• 80,5% em zonas com boa acessibilidade.
• 80,1% com lojas e supermercados.
• 77,8% com parques e zonas verdes.
• 56,2% com escolas.
• 39,1% referem proximidade de centros comerciais e entretenimento.
• 94,5% exigem segurança.
• A procura de casa está muito associada a mudanças na estrutura familiar (48,4%).
Compra de habitação
• 28,7% da procura para compra de habitação situa-se no intervalo de preços entre os 100.000 a 150.000 euros.
• 23,3% da procura fixa-se entre os valores de 75.000 a 100.000 euros e 16,6% procuram habitações entre os 150.000 e os 200.000 euros.
• 16,5% da procura incide sobre habitações até 75.000 euros.
• 38,6% pretendem comprar habitação pagando uma parte em dinheiro e recorrendo ao crédito à habitação para o restante valor.
• 35,3% dos consumidores pretende adquirir a totalidade da habitação com recurso ao crédito e 11,5% pretendem efectuar a aquisição com a venda da sua habitação.
• 86% dos que pretendem efectuar a compra da habitação com recurso ao crédito estão dispostos a pagar até 500 euros mensais de hipoteca.
• Para 33,6% dos consumidores que têm de recorrer a um empréstimo, a hipoteca representa entre 10 a 20% do rendimento familiar, enquanto para um terço a hipoteca representa entre 20% e 30% do seu rendimento.
• 18,6% os custos da hipoteca representam mais de 30% do rendimento do agregado familiar.
Arrendamento de habitação
• 74,1% da procura de arrendamento quer pagar até 500 euros mensais e apenas 9,6% ponderam pagar entre 500 e 600 euros.
• Para 38% dos que têm casa arrendada e dos que pretendem arrendar, a renda mensal representa mais de 30% do rendimento do agregado. Em 35,6% dos casos, o arrendamento fica entre 20% e 30% dos rendimentos mensais.
A oferta
O que os portugueses mais encontram
• 44,8% da oferta de habitação corresponde a zonas periféricas do centro das cidades e 35,7% ao centro.
• 63,8% da oferta corresponde a apartamentos, 36,2% a habitações unifamiliares, isoladas ou geminadas.
• 80,4% das habitações para venda ou arrendamento são imóveis em segunda mão, sem necessidade de remodelações.
• A maioria da oferta apresenta habitações de 76 m2 a 120 m2.
• 37,2% da oferta corresponde a habitações com três quartos.
• 26% das habitações com mais de três quartos.
• 41% das habitações oferecem duas casas de banho.
Arrendamento
• O preço médio da oferta para arrendamento, a nível nacional, é de 536,99 euros, mais 37 euros do preço médio da procura.
• 61,4% da oferta de habitação para arrendamento situa-se em preços até 500 euros mensais, revelando um deficit de 12,7 pp face à procura (74,1%).
• A oferta de arrendamento de 501 a 600 euros é ligeiramente superior à procura nessa faixa de preços (3,6%) e sobe na oferta de arrendamento entre os 801 e 900 euros, cuja oferta atinge os 11,1% face a procura de 3,0%.
Principais desajustes entre oferta e procura
• A oferta de habitação não está ajustada à procura em termos de zonas. Regista-se uma escassez de 6,5 pp de imóveis no centro das cidades, enquanto nos subúrbios se verifica uma oferta que excede a procura em 4,7 pp.
• Mais de 18,8% dos compradores procuram casas novas ou em planta, enquanto o mercado de oferta apresenta 3,1% de construção nova.
• A tipologia das casas em oferta revela desequilíbrios. Além da falta de habitações com um e três quartos, verifica-se um excesso de quase 10% de casas com mais de três quartos.
• A maioria dos portugueses pretende habitações com duas casas de banho. A oferta está 8,5% abaixo da procura neste critério.
• A nível nacional, o preço médio que os portugueses pretendem pagar por uma habitação é de 138.263 euros. Mas o preço médio ultrapassa os 165.000 euros em Lisboa, mas recua para os 137.587 euros no Porto, para os 130.708 euros no Algarve e cai até aos 126.000 euros nas restantes zonas do país.
• O preço médio de venda, a nível nacional, supera os 174.000 euros, mais 34.500 euros do valor que os consumidores estão dispostos a pagar.
• Há um défice de 18,2% na oferta de habitações até 200 mil euros. A procura supera os 85%.
• O preço médio para arrendamento de habitação, a nível nacional, atinge os 536,9 euros, um valor quase 37 euros acima da média da procura.
• Regista-se uma escassez de 12,7% de casas para arrendamento com valor até 500 euros. Já no segmento de rendas entre os 800 e 900 euros o mercado excede em 8,1% a procura.
Fonte: Observatório do Mercado da Habitação Portugal 2018, realizado para a imobiliária Century 21 com base em informação recolhida junto de pessoas que procuraram casa nos últimos 12 meses, ou que tencionam fazê-lo no próximo ano e, ainda, junto de proprietários que no mesmo período colocaram uma habitação no mercado.
A casa ideal dos portugueses
A casa ideal é um apartamento num prédio, em segunda mão e pronto a habitar, com três quartos e duas casas de banho com arrecadação e garagem, com uma área de cerca de 100 m2, localizada em zonas periféricas do centro ou áreas centrais da cidade, desde que tenha estacionamento, bons transportes públicos e proximidade a supermercados e comércio tradicional, numa zona segura. O preço médio que os consumidores estão dispostos a pagar é 138.623 euros, financiados por um crédito à habitação que não supere os 500 euros mensais.