O facto de a gestão de risco implicar a realização de tarefas de pesada carga administrativa e não diferenciadas por parte de todos os bancos abre a porta ao desenvolvimento de "soluções cooperativas externas às instituições financeiras", propôs um dos membros do painel do "think thank" Negócios/SAS. A ideia passa por criar uma espécie de "SIBS Risco", à semelhança da empresa que gere o sistema de levantamentos e pagamentos de dinheiro.

Na prática, está em causa a criação de uma empresa de prestação de serviços a todos os bancos na área da gestão de risco, como por exemplo, na avaliação de imóveis ou na partilha e troca de informação. Esta estrutura, que poderia ser detida por todos os bancos, permitiria fazer face à escassez de recursos com que as instituições se confrontam e reduzir os custos que o sector suporta com a contratação de diversos fornecedores deste tipo de serviços.

O exemplo da SIBS é apontado porque qualquer solução partilhada que permita aos bancos fazer face a uma série de serviços indispensáveis no âmbito da gestão de riscos exige "credibilidade". A empresa que gere o sistema Multibanco foi criada a pensar no sistema de pagamentos, mas tem vindo a alargar a disponibilização de serviços a outras áreas. É o caso do sistema de detecção de fraudes das instituições financeiras ou do sistema de gestão de transferências em simultâneo. Agora, a proposta passa pelas burocracias associadas à gestão de riscos.