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"Esperemos o melhor, mas preparemo-nos para o pior, é sempre o caminho mais acertado", sublinha Augusto Castelo Branco, diretor comercial da Informa D&B. "Os movimentos crescentes de preços, a pressão de inflação, o provável aumento das taxas de juros, o próprio crescimento económico, os cenários de estagflação, são desafios acrescidos, que, tal como o de 2020 com a pandemia, a atual geração de gestores nunca viveu, não tem qualquer experiência nem memória de períodos de inflação e muito menos de estagflação."
Em março de 2020, a pandemia criou desafios excecionais às empresas com impacto na sua atividade e no tecido económico. Como revela Augusto Castelo Branco, em 2020, 56% das empresas perderam vendas, apenas 34% das empresas cresceram em volume de vendas, quando em 2019, mais de metade aumentaram as vendas. Este choque foi também assimétrico porque se 56% das empresas contraíram o seu volume de vendas, 36% cresceram, e 22 % das empresas tiveram aumentos de vendas superiores a 20%.
"Quando olhamos para a situação vivida em 2020 e depois o seu prolongamento em 2021, costumo dizer que isso foi uma tempestade que se abateu sobre todos nós, mas não estávamos todos no mesmo barco, cada empresa estava no seu barco, mas, mesmo em setores altamente impactados, houve empresas que tiveram a capacidade não só de resistir mas de inovar e de crescer", refere Augusto Castelo Branco.
Fim das moratórias
Filipe Coelho, senior manager da Accenture, faz um balanço do pós-pandemia e considera que a mudança de padrões de consumo e a emergência global do teletrabalho foram uma alteração aos padrões de relações laborais que vieram para ficar e poderá cristalizar-se num modelo híbrido, "onde temos uma presença no escritório ou estamos a trabalhar de forma remota. Essa alteração de padrões de consumo e padrões de vida veio para ficar, e isso para nós é claro, e isso vai ter impacto".
Em relação ao tecido empresarial considera que os apoios governamentais se centraram na solvência das empresas e proteção do emprego e continuidade dos negócios. As moratórias terminaram em setembro de 2021, e, hoje em dia, "cerca de 90 a 95% das empresas, ou dos créditos, se quisermos, estão a cumprir com o plano de pagamentos que foi estipulado", refere Filipe Coelho.
O gestor da Accenture assinala os desafios com os novos tempos trazem. "Estamos a assistir a um aumento da inflação à volta dos 5 a 6% na Europa. Falta saber se é um choque transitório, por via do aumento dos preços dos combustíveis e da energia, ou se é uma situação com maior persistência". Uma das consequências é o movimento de aumento das taxas de juros de referência dos bancos centrais nos Estados Unidos ou o Reino Unido, e que poderá chegar em breve ao espaço da Zona Euro até como forma de controlar a inflação. Nesse sentido tem de se prever quando poderá ser o impacto na solvência das empresas, ainda que o aumento generalizado dos preços faça aumentar o valor das receitas.
"É uma inflação compaginável com a realidade, mas para a qual nós não estávamos habituados porque há quase 20 anos que não vivíamos com níveis de inflação e de taxas de juro como as que temos vivido, praticamente zero e inflação praticamente zero ou sempre abaixo dos dois por cento", concluiu Filipe Coelho.
Prémio: os critérios e o júri
O Prémio Portugal Inspirador, lado a lado com as empresas, visa distinguir e divulgar empresas e personalidades que se destacam em diferentes setores de atividade. Este prémio não tem candidaturas, é por seleção, e conta com um júri de 16 personalidades.
O Prémio Portugal Inspirador é uma iniciativa do Santander, Jornal de Negócios, Correio da Manhã e conta com a Informa D&B e a Accenture como "knowledge partners". O seu objetivo é dar visibilidade às empresas que atuam em território nacional e que se destacam pela sua capacidade de criar emprego, dinamizar o mercado, inovar, potenciar o desenvolvimento económico, e que, globalmente, mais contribuem para o crescimento da economia nacional.
O prémio tem quatro categorias: Agricultura, Turismo e Serviços, Sustentabilidade e Economia Social e Inovação, Tecnologia e Indústria. Dentro das categorias são atribuídos tês prémios - Prémio Grande Empresa, Prémio PME, Prémio Personalidade do Ano -, o que dá um total de 12 prémios a atribuir.
A seleção dos candidatos
A seleção dos candidatos tem os seguintes passos. Começou pela definição dos critérios para cada uma das categorias, realizada pela Accenture. A partir dos critérios predefinidos, a Informa D&B identifica e seleciona os candidatos e valida a elegibilidade das empresas. De seguida, a Informa D&B disponibiliza a informação aos jurados, quatro personalidades em cada uma das quatro categorias, que escolhem os vencedores.
Os jurados Agricultura
Gabriela Cruz, presidente da APOSOLO - Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo;
Joaquim Pedro Torres, diretor-geral da Valinveste;
José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração da EDIA;
Sandra Tavares da Silva, enóloga da Wine & Soul.
Inovação, Tecnologia e Indústria
Carlos Oliveira, cofundador e presidente executivo da Fundação José Neves;
Paulo Pereira da Silva, presidente executivo da Renova;
Pedro Santa Clara, partner da Shaken not Stirred.
Sustentabilidade e Economia Social
Clara Raposo, presidente do ISEG;
Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável;
Maria do Céu Ramos, secretária-geral da Fundação Eugénio de Almeida;
Pedro Norton de Matos, fundador e organizador do Greenfest e do Bluefest.
Turismo e Serviços
Hélia Pereira, reitora da Universidade Europeia;
Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal;
Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto.
Em março de 2020, a pandemia criou desafios excecionais às empresas com impacto na sua atividade e no tecido económico. Como revela Augusto Castelo Branco, em 2020, 56% das empresas perderam vendas, apenas 34% das empresas cresceram em volume de vendas, quando em 2019, mais de metade aumentaram as vendas. Este choque foi também assimétrico porque se 56% das empresas contraíram o seu volume de vendas, 36% cresceram, e 22 % das empresas tiveram aumentos de vendas superiores a 20%.
Em setores altamente impactados houve empresas que tiveram a capacidade não só de resistir, mas de inovar e crescer. Augusto Castelo Branco, Diretor comercial da Informa D&B
"Quando olhamos para a situação vivida em 2020 e depois o seu prolongamento em 2021, costumo dizer que isso foi uma tempestade que se abateu sobre todos nós, mas não estávamos todos no mesmo barco, cada empresa estava no seu barco, mas, mesmo em setores altamente impactados, houve empresas que tiveram a capacidade não só de resistir mas de inovar e de crescer", refere Augusto Castelo Branco.
Fim das moratórias
Filipe Coelho, senior manager da Accenture, faz um balanço do pós-pandemia e considera que a mudança de padrões de consumo e a emergência global do teletrabalho foram uma alteração aos padrões de relações laborais que vieram para ficar e poderá cristalizar-se num modelo híbrido, "onde temos uma presença no escritório ou estamos a trabalhar de forma remota. Essa alteração de padrões de consumo e padrões de vida veio para ficar, e isso para nós é claro, e isso vai ter impacto".
Em relação ao tecido empresarial considera que os apoios governamentais se centraram na solvência das empresas e proteção do emprego e continuidade dos negócios. As moratórias terminaram em setembro de 2021, e, hoje em dia, "cerca de 90 a 95% das empresas, ou dos créditos, se quisermos, estão a cumprir com o plano de pagamentos que foi estipulado", refere Filipe Coelho.
É uma inflação compaginável com a realidade, mas para a qual não estávamos habituados. Filipe Coelho, Senior manager da Accenture
O gestor da Accenture assinala os desafios com os novos tempos trazem. "Estamos a assistir a um aumento da inflação à volta dos 5 a 6% na Europa. Falta saber se é um choque transitório, por via do aumento dos preços dos combustíveis e da energia, ou se é uma situação com maior persistência". Uma das consequências é o movimento de aumento das taxas de juros de referência dos bancos centrais nos Estados Unidos ou o Reino Unido, e que poderá chegar em breve ao espaço da Zona Euro até como forma de controlar a inflação. Nesse sentido tem de se prever quando poderá ser o impacto na solvência das empresas, ainda que o aumento generalizado dos preços faça aumentar o valor das receitas.
"É uma inflação compaginável com a realidade, mas para a qual nós não estávamos habituados porque há quase 20 anos que não vivíamos com níveis de inflação e de taxas de juro como as que temos vivido, praticamente zero e inflação praticamente zero ou sempre abaixo dos dois por cento", concluiu Filipe Coelho.
Prémio: os critérios e o júri
O Prémio Portugal Inspirador, lado a lado com as empresas, visa distinguir e divulgar empresas e personalidades que se destacam em diferentes setores de atividade. Este prémio não tem candidaturas, é por seleção, e conta com um júri de 16 personalidades.
O Prémio Portugal Inspirador é uma iniciativa do Santander, Jornal de Negócios, Correio da Manhã e conta com a Informa D&B e a Accenture como "knowledge partners". O seu objetivo é dar visibilidade às empresas que atuam em território nacional e que se destacam pela sua capacidade de criar emprego, dinamizar o mercado, inovar, potenciar o desenvolvimento económico, e que, globalmente, mais contribuem para o crescimento da economia nacional.
O prémio tem quatro categorias: Agricultura, Turismo e Serviços, Sustentabilidade e Economia Social e Inovação, Tecnologia e Indústria. Dentro das categorias são atribuídos tês prémios - Prémio Grande Empresa, Prémio PME, Prémio Personalidade do Ano -, o que dá um total de 12 prémios a atribuir.
A seleção dos candidatos
A seleção dos candidatos tem os seguintes passos. Começou pela definição dos critérios para cada uma das categorias, realizada pela Accenture. A partir dos critérios predefinidos, a Informa D&B identifica e seleciona os candidatos e valida a elegibilidade das empresas. De seguida, a Informa D&B disponibiliza a informação aos jurados, quatro personalidades em cada uma das quatro categorias, que escolhem os vencedores.
Os jurados Agricultura
Gabriela Cruz, presidente da APOSOLO - Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo;
Joaquim Pedro Torres, diretor-geral da Valinveste;
José Pedro Salema, presidente do Conselho de Administração da EDIA;
Sandra Tavares da Silva, enóloga da Wine & Soul.
Inovação, Tecnologia e Indústria
Carlos Oliveira, cofundador e presidente executivo da Fundação José Neves;
Paulo Pereira da Silva, presidente executivo da Renova;
Pedro Santa Clara, partner da Shaken not Stirred.
Sustentabilidade e Economia Social
Clara Raposo, presidente do ISEG;
Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável;
Maria do Céu Ramos, secretária-geral da Fundação Eugénio de Almeida;
Pedro Norton de Matos, fundador e organizador do Greenfest e do Bluefest.
Turismo e Serviços
Hélia Pereira, reitora da Universidade Europeia;
Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal;
Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto.