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Quem percorrer os mais de 10 km de costa do município de Oeiras ou entrar pelo seu território adentro depara-se com uma elevada concentração de instituições públicas, polos de investigação e empresas com interesses ligados ao mar. É neste território que estão sediados, por exemplo, a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, o Instituto Gulbenkian de Ciência, o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica ou o campus do Instituto Superior Técnico, estando este inserido no complexo empresarial Taguspark para uma maior aproximação entre a investigação e desenvolvimento e o mundo empresarial. O concelho alberga também mais de 25 mil empresas, de várias dimensões, que geram por ano cerca de 26 mil milhões de euros de negócios, sem contar com o setor financeiro. Ainda no campo empresarial, o município viu ainda crescer a sua taxa de fixação de grandes empresas, que passaram de 97 para 118 em quatro anos.
É todo este ecossistema de concentração de massa crítica que, para Pedro Patacho, vereador em Oeiras com os pelouros da Educação, Desporto, Juventude, Bibliotecas e Ciência e Inovação, faz deste município um local privilegiado para o desenvolvimento de soluções para a economia do mar: "Ao olhar para o ecossistema do ensino superior de ciência e inovação, para o ecossistema empresarial, para o ecossistema de instituições importantes ligadas aos recursos marinhos, ao olhar para isto tudo sentimos de facto necessidade de perceber melhor o que é que todos estes stakeholders estão a fazer, quais são as suas necessidades, mas sobretudo quais são as suas ambições."
Aposta no shipping e na biotecnologia
Este levantamento já está a dar os seus frutos e já permitiu "afinar quais devem ser os programas, projetos e atividades dentro da economia azul a que o município deve estar atento, no âmbito dos quais temos de colaborar com as empresas e com as instituições. É este trabalho em construção que vai consolidar a estratégia de Oeiras", refere Patacho. E com este levantamento já há áreas de trabalho que se evidenciam: "Para nós, já há duas áreas de trabalho muito óbvias, que são a área do shipping, por exemplo, em articulação com a Escola Náutica, promovendo a coordenação e o aporte que a inovação e as empresas podem trazer ao projeto científico, educativo e cultural desta escola. E uma outra área muito importante que também já observámos, e na qual temos de colaborar com as empresas e com as instituições, é a área da biotecnologia, ou seja, tudo o que está relacionado com a biotecnologia baseada nos recursos que podemos encontrar no mar e nos oceanos. Mas haverá outras certamente; vamos fechar este processo muito em breve e anunciaremos quais são as fileiras de desenvolvimento da economia azul em que Oeiras vai apostar", refere o vereador.
A par do levantamento há já a identificação de projetos concretos em que o município está a trabalhar no âmbito da sua estratégia para a economia azul. É o caso, por exemplo, da parceria estabelecida com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para a constituição daquilo que será a Oeiras Mar, uma rede colaborativa para a tecnologia oceânica. Trata-se de um programa inscrito no PRR - Programa de Recuperação e Resiliência, que o município vai cofinanciar, que pretende transformar o campus do IPMA na maior rede colaborativa para a inovação e tecnologia oceânica da região de Lisboa e Vale do Tejo. Neste campus, serão instalados novos equipamentos e infraestruturas que vão obrigar ao reordenamento de todo o campus.
Outro exemplo é o memorando de entendimento estabelecido com a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, para a requalificação do campus académico desta escola e também para a evolução do projeto educativo, introduzindo novas valências de incubação e aceleração de negócios na área da economia azul, em particular do shipping. "O nosso maior objetivo é podermos fazer evoluir aquele projeto para o polo de maior relevância a nível nacional e europeu no que diz respeito à formação certificada, à formação profissional, à formação contínua e à formação académica de nível superior, em todos os domínios da economia do mar", destaca Pedro Patacho.
O município quer também trabalhar de perto com a Marinha Portuguesa para, tirando partido destas dinâmicas de inovação científica e empresarial presentes no concelho, poder servir de plataforma de inovação e incubação de novos produtos. Estes protótipos poderão depois ser testados naquela que é a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) do país, em Troia, explorada precisamente pela Marinha Portuguesa. Neste caso, a ideia é aliar Oeiras a um "espaço de experimentação e certificação de novos produtos que sirvam não apenas os interesses da Marinha Portuguesa, mas que tenham duplo uso e sirvam também a economia e a criação de riqueza com base na inovação", explica Patacho.
Posto isto, e tenho em vista a meta de 2030, o desejo é que Oeiras consiga implementar este hub focado na economia azul e contribuir para a região e o país se posicionarem internacionalmente e conseguirem competir por financiamento internacional em projetos de dimensão global. Uma meta ambiciosa, mas exequível: "Não estamos no campo dos sonhos. Nós temos os recursos, os meios e as condições para tornar qualquer uma destas coisas possível. Há vontade da câmara municipal, há vontade das instituições e há capacidade para as fazer. Portanto, a única coisa que é preciso é que os nossos bons níveis de colaboração se mantenham, porque são coisas que só se conseguem concretizar através da colaboração institucional entre os vários envolvidos", finaliza o responsável.
É todo este ecossistema de concentração de massa crítica que, para Pedro Patacho, vereador em Oeiras com os pelouros da Educação, Desporto, Juventude, Bibliotecas e Ciência e Inovação, faz deste município um local privilegiado para o desenvolvimento de soluções para a economia do mar: "Ao olhar para o ecossistema do ensino superior de ciência e inovação, para o ecossistema empresarial, para o ecossistema de instituições importantes ligadas aos recursos marinhos, ao olhar para isto tudo sentimos de facto necessidade de perceber melhor o que é que todos estes stakeholders estão a fazer, quais são as suas necessidades, mas sobretudo quais são as suas ambições."
Permitir que a estratégia de Oeiras para a economia azul possa identificar fileiras de trabalho e de desenvolvimento. Pedro Patacho, vereador em Oeiras dos pelouros da Educação, Desporto, Juventude, Bibliotecas e Ciência e Inovação.
Neste sentido, o município aliou-se ao Fórum Oceano para juntos fazerem o mapeamento de todos estes stakeholders com interesses na economia do mar e perceber quais são os seus projetos e ambições nesta área. Este diagnóstico em curso e em diálogo com os stakeholders está "a permitir que a estratégia de Oeiras para a economia azul possa identificar fileiras de trabalho e de desenvolvimento que não são definidas pelo município, mas sim em colaboração com os que já estão no território e com os seus objetivos, a sua visão e os seus projetos", assinala Pedro Patacho. Aposta no shipping e na biotecnologia
Este levantamento já está a dar os seus frutos e já permitiu "afinar quais devem ser os programas, projetos e atividades dentro da economia azul a que o município deve estar atento, no âmbito dos quais temos de colaborar com as empresas e com as instituições. É este trabalho em construção que vai consolidar a estratégia de Oeiras", refere Patacho. E com este levantamento já há áreas de trabalho que se evidenciam: "Para nós, já há duas áreas de trabalho muito óbvias, que são a área do shipping, por exemplo, em articulação com a Escola Náutica, promovendo a coordenação e o aporte que a inovação e as empresas podem trazer ao projeto científico, educativo e cultural desta escola. E uma outra área muito importante que também já observámos, e na qual temos de colaborar com as empresas e com as instituições, é a área da biotecnologia, ou seja, tudo o que está relacionado com a biotecnologia baseada nos recursos que podemos encontrar no mar e nos oceanos. Mas haverá outras certamente; vamos fechar este processo muito em breve e anunciaremos quais são as fileiras de desenvolvimento da economia azul em que Oeiras vai apostar", refere o vereador.
A par do levantamento há já a identificação de projetos concretos em que o município está a trabalhar no âmbito da sua estratégia para a economia azul. É o caso, por exemplo, da parceria estabelecida com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para a constituição daquilo que será a Oeiras Mar, uma rede colaborativa para a tecnologia oceânica. Trata-se de um programa inscrito no PRR - Programa de Recuperação e Resiliência, que o município vai cofinanciar, que pretende transformar o campus do IPMA na maior rede colaborativa para a inovação e tecnologia oceânica da região de Lisboa e Vale do Tejo. Neste campus, serão instalados novos equipamentos e infraestruturas que vão obrigar ao reordenamento de todo o campus.
Outro exemplo é o memorando de entendimento estabelecido com a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, para a requalificação do campus académico desta escola e também para a evolução do projeto educativo, introduzindo novas valências de incubação e aceleração de negócios na área da economia azul, em particular do shipping. "O nosso maior objetivo é podermos fazer evoluir aquele projeto para o polo de maior relevância a nível nacional e europeu no que diz respeito à formação certificada, à formação profissional, à formação contínua e à formação académica de nível superior, em todos os domínios da economia do mar", destaca Pedro Patacho.
O município quer também trabalhar de perto com a Marinha Portuguesa para, tirando partido destas dinâmicas de inovação científica e empresarial presentes no concelho, poder servir de plataforma de inovação e incubação de novos produtos. Estes protótipos poderão depois ser testados naquela que é a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) do país, em Troia, explorada precisamente pela Marinha Portuguesa. Neste caso, a ideia é aliar Oeiras a um "espaço de experimentação e certificação de novos produtos que sirvam não apenas os interesses da Marinha Portuguesa, mas que tenham duplo uso e sirvam também a economia e a criação de riqueza com base na inovação", explica Patacho.
Posto isto, e tenho em vista a meta de 2030, o desejo é que Oeiras consiga implementar este hub focado na economia azul e contribuir para a região e o país se posicionarem internacionalmente e conseguirem competir por financiamento internacional em projetos de dimensão global. Uma meta ambiciosa, mas exequível: "Não estamos no campo dos sonhos. Nós temos os recursos, os meios e as condições para tornar qualquer uma destas coisas possível. Há vontade da câmara municipal, há vontade das instituições e há capacidade para as fazer. Portanto, a única coisa que é preciso é que os nossos bons níveis de colaboração se mantenham, porque são coisas que só se conseguem concretizar através da colaboração institucional entre os vários envolvidos", finaliza o responsável.
Oeiras associa-se ao Prémio Mar Sustentável Em pleno processo de transição para um mundo mais sustentável, o Jornal de Negócios lançou o Prémio Mar Sustentável, em parceria com o Fórum Oceano e com o apoio institucional do Ministério do Mar, uma iniciativa que conta também com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras. Este prémio pretende reconhecer, inspirar e promover os projetos mais inovadores que em Portugal se estão a desenvolver na área da economia azul.