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A Câmara Municipal de Lisboa quer contrariar e atenuar estes pequenos focos de conflito e mostrar que se preocupa com um balanço entre os turistas e os locais.
Por isso mesmo vai avançar, já em 2017, com um programa de sete mil casas a preços acessíveis na cidade, contrariando a pressão sentida na subida do preço da habitação - em parte devido ao turismo.
A vontade estende-se um pouco por toda a cidade, com áreas como Martim Moniz, que receberá 240 novas habitações, Lumiar ou Praça de Espanha a beneficiar.
Outro dos projectos visa facilitar a vida a quem chega enquanto permite, em simultâneo, aliviar o número de veículos a circular nos bairros históricos.
Em estudo está a criação de um "hub" do transporte turístico na Praça do Martim Moniz, juntando aí várias opções, como autocarros e tuk tuks.
Manuel Salgado, vereador do Urbanismo em Lisboa, explicou que esta é uma forma para "atenuar os conflitos [gerados pelo turismo] e melhorar a qualidade de vida" em Lisboa. Um dos casos a evitar são os autocarros turísticos que seguem para a Sé.
A escolha do Martim Moniz para instalar este "hub" tem ainda em conta a instalação prevista de umas escadas rolantes entre aquela praça e a colina da Sé e do Castelo.
As freguesias de Santa Maria Maior e Misericódia acabaram por surgir na conversa para provar que se assistia a um fenómeno de esvaziamento da população e, consequentemente, da reabilitação nos centros das cidades.
Em resumo: não são agora os turistas a expulsar residentes das áreas mais históricas. Pelo contrário: o investimento na reabilitação está a trazer mais vida e pessoas.
"Estamos a assistir ao preenchimento do vazio que havia no centro da cidade. É errado, na minha opinião colocar tudo no memso saco do turismo", afirmou Manuel Salgado, durante a segunda edição do Observatório: O Imobiliário em Portugal, onde se discutia esta dinâmica entre turismo e a vida local.
O responsável recordou que, nos últimos cinco anos, o sector da hotelaria gerou um investimento total de 126 milhões de euros em Lisboa, a que se juntam outros 27 milhões do alojamento local.
Por isso mesmo vai avançar, já em 2017, com um programa de sete mil casas a preços acessíveis na cidade, contrariando a pressão sentida na subida do preço da habitação - em parte devido ao turismo.
A vontade estende-se um pouco por toda a cidade, com áreas como Martim Moniz, que receberá 240 novas habitações, Lumiar ou Praça de Espanha a beneficiar.
Outro dos projectos visa facilitar a vida a quem chega enquanto permite, em simultâneo, aliviar o número de veículos a circular nos bairros históricos.
Em estudo está a criação de um "hub" do transporte turístico na Praça do Martim Moniz, juntando aí várias opções, como autocarros e tuk tuks.
Manuel Salgado, vereador do Urbanismo em Lisboa, explicou que esta é uma forma para "atenuar os conflitos [gerados pelo turismo] e melhorar a qualidade de vida" em Lisboa. Um dos casos a evitar são os autocarros turísticos que seguem para a Sé.
A escolha do Martim Moniz para instalar este "hub" tem ainda em conta a instalação prevista de umas escadas rolantes entre aquela praça e a colina da Sé e do Castelo.
As freguesias de Santa Maria Maior e Misericódia acabaram por surgir na conversa para provar que se assistia a um fenómeno de esvaziamento da população e, consequentemente, da reabilitação nos centros das cidades.
Em resumo: não são agora os turistas a expulsar residentes das áreas mais históricas. Pelo contrário: o investimento na reabilitação está a trazer mais vida e pessoas.
"Estamos a assistir ao preenchimento do vazio que havia no centro da cidade. É errado, na minha opinião colocar tudo no memso saco do turismo", afirmou Manuel Salgado, durante a segunda edição do Observatório: O Imobiliário em Portugal, onde se discutia esta dinâmica entre turismo e a vida local.
O responsável recordou que, nos últimos cinco anos, o sector da hotelaria gerou um investimento total de 126 milhões de euros em Lisboa, a que se juntam outros 27 milhões do alojamento local.
Há muito para ver. "Isto não é a Disneyland" Para quem investe em hotelaria, não é o preço mas a rentabilidade que mais pesa na hora de avaliar novos investimentos, diz Cristina Siza Vieira. A presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) sente que este tipo de investimento não está a abrandar, devido à subida de preços dos imóveis nas zonas turísticas.
"Lisboa está mais preparada para o turismo. Está cá a trave-mestra do que é o investimento", posicinou durante o segundo Observatório: O Imobiliário em Portugal.
A representante dos hoteleiros acredita que "há uma filosofia, uma estratégia de intervenção" no que respeita à capital portuguesa, com o tratamento do espaço público e a reabilitação do edificado, numa parceria entre entidades públicas e privadas.
"Os turistas não vêm ver turistas. Isto não é a Disneyland", afirmou perante a oferta de Lisboa. A vida local continua a ser um dos atractivos para quem visita e não pode ser esquecida. "O equilíbrio que estamos a tentar encontrar não é artificial", acrescentou.
Esforço que também tem sido feito a sul, nomeadamente em Faro. "Temos colocado a nossa cidade mais confortável e acessível. Isso tem trazido mais turistas para a cidade", referiu o autarca daquele concelho algarvio, Rogério Bacalhau.
Só por via aérea, através do Aeroporto de Faro, deverão chegar 7,5 milhões de passageiros este ano. O concelho conta com pouco mais de três mil camas.
Rogério Bacalhau reconhece que Faro "tem ainda uma carência grande de unidades hoteleiras" e deixa o apelo a este tipo de investimentos. Recentemente, a sua autarquia aprovou um novo hotel de quatro estrelas.
Uma das apostas para captar turistas e atenuar a sazonalidade está relacionada com os eventos, como o Festival do Marisco.
"Lisboa está mais preparada para o turismo. Está cá a trave-mestra do que é o investimento", posicinou durante o segundo Observatório: O Imobiliário em Portugal.
A representante dos hoteleiros acredita que "há uma filosofia, uma estratégia de intervenção" no que respeita à capital portuguesa, com o tratamento do espaço público e a reabilitação do edificado, numa parceria entre entidades públicas e privadas.
"Os turistas não vêm ver turistas. Isto não é a Disneyland", afirmou perante a oferta de Lisboa. A vida local continua a ser um dos atractivos para quem visita e não pode ser esquecida. "O equilíbrio que estamos a tentar encontrar não é artificial", acrescentou.
Esforço que também tem sido feito a sul, nomeadamente em Faro. "Temos colocado a nossa cidade mais confortável e acessível. Isso tem trazido mais turistas para a cidade", referiu o autarca daquele concelho algarvio, Rogério Bacalhau.
Só por via aérea, através do Aeroporto de Faro, deverão chegar 7,5 milhões de passageiros este ano. O concelho conta com pouco mais de três mil camas.
Rogério Bacalhau reconhece que Faro "tem ainda uma carência grande de unidades hoteleiras" e deixa o apelo a este tipo de investimentos. Recentemente, a sua autarquia aprovou um novo hotel de quatro estrelas.
Uma das apostas para captar turistas e atenuar a sazonalidade está relacionada com os eventos, como o Festival do Marisco.