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Foto em cima: Celso Filipe, diretor adjunto do Jornal de Negócios, com Micaela Seemann Monteiro, Chief Medical Officer para Transformação Digital, Luís Goes Pinheiro, presidente SPMS, e Rita Veloso, vogal CHUP.
Há grandes desafios que são tanto globais como nacionais, que é o caso do envelhecimento que têm consequências profundas no sistema de saúde, alertou Micaela Seemann Monteiro, Chief Medical Officer para Transformação Digital da CUF, 7ª Conferência Investir em Saúde, uma iniciativa do Jornal de Negócios e a Janssen. "Neste contexto o perfil de doenças muda. Enquanto anteriormente prevaleciam as doenças comunicáveis, as doenças agudas hoje são cada vez mais doenças crónicas. Estas doenças crónica, em muitos países, já consomem 80% dos recursos em saúde, por outro lado, devem ser geridas no ponto de vista clínico de uma forma completamente diferente das doenças agudas, por exemplo", referiu Micaela Seemann Monteiro.
Na sua opinião, o sistema de saúde tem de passar de reativos a preventivos, resultados rápidos a resultados longos. "As doenças crómicas podem ser prevenidas e, quando não é possível prevenir, posso adiar o seu aparecimento, quando elas aparecem tenho que gerir continuamente e de uma forma multiprofissional, multidisciplinar e com o envolvimento do próprio doente e da própria família", considera Micaela Seemann Monteiro.
A mudança e a tecnologia estiveram no centro da intervenção de Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde). Começou por anunciar que no final do mês, os resultados dos mais complementares diagnóstica e terapêutica requisitados numa unidade de cuidados de saúde primários passaram a circular de forma digital mas com os dados enviados de forma estruturada.
Exemplos transformadores
O objetivo é que esses dados estejam não só disponíveis para os médicos que os solicitaram mas também disponíveis para o utente na app e no portal. "É um exemplo muito transformador, e também na área da imagiologia estão a ser dados passos importantes", disse Luís Goes Pinheiro. O objetivo é chegar a um registo de saúde eletrónico completo, para que o utente possa beneficiar do acesso a esses dados em todas as unidades do SNS (Serviço Nacional de Saúde) e nas unidades fora do SNS, que "não seja uma exclusividade ou até exclusivamente do SNS", sublinha Luís Goes Pinheiro. Salientou que "a melhor forma de mudar é com passos muito pequeninos dados muito depressa".
Rita Veloso, administradora do Centro Hospitalar Universitário do Porto, não crê que haja resistência à mudança, "mas estamos a falhar na comunicação em termos globais, partilhamos pouco o que fazemos entre instituições e depois acho que o elo essencial da mudança é a forma como comunicamos os objetivos e os propósitos com que estamos a fazer as coisas". Sublinhou que as mudanças têm de ser consolidadas. Deu o exemplo das receitas sem papel que, em fevereiro 2020, atingiam os 10%. Durante a pandemia, em Maio de 2020, chegou-se aos 50% a 60% de receitas sem papel, hoje desceu-se para os 26% de receitas sem papel. Micaela Seemann Monteiro salientou ainda a escassez de recursos tanto financeiros como humanos.
Há grandes desafios que são tanto globais como nacionais, que é o caso do envelhecimento que têm consequências profundas no sistema de saúde, alertou Micaela Seemann Monteiro, Chief Medical Officer para Transformação Digital da CUF, 7ª Conferência Investir em Saúde, uma iniciativa do Jornal de Negócios e a Janssen. "Neste contexto o perfil de doenças muda. Enquanto anteriormente prevaleciam as doenças comunicáveis, as doenças agudas hoje são cada vez mais doenças crónicas. Estas doenças crónica, em muitos países, já consomem 80% dos recursos em saúde, por outro lado, devem ser geridas no ponto de vista clínico de uma forma completamente diferente das doenças agudas, por exemplo", referiu Micaela Seemann Monteiro.
Na sua opinião, o sistema de saúde tem de passar de reativos a preventivos, resultados rápidos a resultados longos. "As doenças crómicas podem ser prevenidas e, quando não é possível prevenir, posso adiar o seu aparecimento, quando elas aparecem tenho que gerir continuamente e de uma forma multiprofissional, multidisciplinar e com o envolvimento do próprio doente e da própria família", considera Micaela Seemann Monteiro.
A mudança e a tecnologia estiveram no centro da intervenção de Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde). Começou por anunciar que no final do mês, os resultados dos mais complementares diagnóstica e terapêutica requisitados numa unidade de cuidados de saúde primários passaram a circular de forma digital mas com os dados enviados de forma estruturada.
Exemplos transformadores
O objetivo é que esses dados estejam não só disponíveis para os médicos que os solicitaram mas também disponíveis para o utente na app e no portal. "É um exemplo muito transformador, e também na área da imagiologia estão a ser dados passos importantes", disse Luís Goes Pinheiro. O objetivo é chegar a um registo de saúde eletrónico completo, para que o utente possa beneficiar do acesso a esses dados em todas as unidades do SNS (Serviço Nacional de Saúde) e nas unidades fora do SNS, que "não seja uma exclusividade ou até exclusivamente do SNS", sublinha Luís Goes Pinheiro. Salientou que "a melhor forma de mudar é com passos muito pequeninos dados muito depressa".
Rita Veloso, administradora do Centro Hospitalar Universitário do Porto, não crê que haja resistência à mudança, "mas estamos a falhar na comunicação em termos globais, partilhamos pouco o que fazemos entre instituições e depois acho que o elo essencial da mudança é a forma como comunicamos os objetivos e os propósitos com que estamos a fazer as coisas". Sublinhou que as mudanças têm de ser consolidadas. Deu o exemplo das receitas sem papel que, em fevereiro 2020, atingiam os 10%. Durante a pandemia, em Maio de 2020, chegou-se aos 50% a 60% de receitas sem papel, hoje desceu-se para os 26% de receitas sem papel. Micaela Seemann Monteiro salientou ainda a escassez de recursos tanto financeiros como humanos.