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Lugrade: Bacalhau feito à moda da Indústria 4.0

Uma das apostas da empresa na nova fábrica foi corresponder aos princípios da Indústria 4.0 e representou um investimento de dez milhões de euros.

28 de Dezembro de 2017 às 16:38
David Martins
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Categoria Indústria: (Consumo anual < 1,5 GWh) Vencedor Lugrade - Bacalhau De Coimbra

A Lugrade divide a sua produção em bacalhau salgado seco e em bacalhau demolhado ultracongelado. Actualmente é constituída por uma equipa de 130 colaboradores e facturaram, em 2016, 19 milhões de euros e prevêem um aumento de 30% no volume de negócios em 2017.

A ideia da nova unidade industrial da Lugrade, que fica em Torre de Vilela, perto de Coimbra, surgiu em 2015 e desde logo que a preocupação com a eficiência energética e o ambiente se impôs. Dedica-se à transformação de pescado (bacalhau), o que permitiu a criação de mais de meia centena de postos de trabalhos e representou um investimento de 10 milhões de euros.

Relativamente aos equipamentos de grande consumo (motores eléctricos de compressores, tapetes, bombas, etc.), os motores presentes nos equipamentos possuem variadores de velocidade, na sua generalidade, da classe IE3.

Os compressores apesar de serem de pistões, possuem modos de funcionamento por patamares de potência (25 %, 50 %, 75 % e 100 %) adaptando a sua configuração dinamicamente às cargas solicitadas de frio. Outro aspecto relevante na gestão energética da unidade é a utilização de iluminação do tipo LED.

Objectivo: a eficiência

Por questões ligadas à produção, a zona fabril é refrigerada e está isolada com painel sandwich de alta densidade, funcionando como um gigantesco frigorífico. Este painel possui uma capacidade de isolamento superior em mais de 1200% superior a uma parede tradicional de alvenaria.

Os cais de embarque são um ponto de contacto com o exterior, o que provoca elevadas perdas térmicas, tendo sido instalados foles insufláveis de isolamento que envolvem completamente a carroçaria dos camiões frigoríficos, impedindo que haja perdas.

Para poder fornecer águas quentes sanitárias, nomeadamente para os banhos dos colaboradores, foram colocados painéis solares de água e ainda um permutador de calor que faz o reaproveitamento do calor produzido no sistema de frio industrial para aquecer as águas. Este reaproveitamento é ainda usado para o aquecimento por piso radiante dos balneários.