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"Lugares comuns" inimigos do mercado livre

A nível empresarial, mas também no segmento familiar, é cada vez maior a opção pelo mercado liberalizado de energia. Contudo, esta é uma realidade que poucos conhecem.

12 de Julho de 2016 às 10:47
Bruno Simão
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Se a adesão, em especial por parte do sector empresarial, ao mercado liberalizado de energia é já um dado adquirido, porque será que não existe essa percepção por parte da generalidade da sociedade?

Segundo António Coutinho, a explicação resulta do facto de "infelizmente nós vivermos muito de lugares comuns". O administrador da EDP Comercial - empresa do grupo EDP presente no mercado livre - lamenta que haja uma "série de coisas que ouvimos, de frases feitas muito pouco substanciadas em números", em vez de se "falar com base em factos".

Quanto aos factos, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), reportando dados até Fevereiro de 2016, revelou que 93% dos clientes empresariais já estão presentes no mercado livre. A percentagem cai ligeiramente para 91% se se considerarem apenas as Pequenas e Médias Empresas (PME).

Produzir energia e gerir consumo

Mas também ao nível familiar existe hoje "uma quota de penetração muito significativa", diz o responsável da EDP Comercial, salientando que a preferência pelo mercado livre de energia em Portugal "é mais alta do que em Espanha". "Já somos dos países mais liberalizados do mercado europeu", conclui.

Ainda assim subsiste uma espécie de convicção de que a EDP mantém uma posição dominante neste sector. Para desmistificar esta ideia, António Coutinho sublinha que, por exemplo, em relação ao mercado liberalizado empresarial, "a EDP tem uma posição relativamente paralela com os outros 'players', o que revela que o mercado é bastante competitivo". De acordo com a ERSE, no final de Fevereiro deste ano a EDP Comercial detinha uma quota de mercado de 46% no mercado livre, enquanto no segmento das PME essa presença sobe para 62%.

A existência de um mercado liberalizado competitivo vai potenciar uma oferta mais inovadora. No futuro, aponta o administrador da EDP Comercial, a aposta passa por "ajudar os clientes a fazerem duas coisas: produzir a sua energia e gerir o seu consumo em linha com a sua própria produção".

Oferta que António Coutinho garante já ser disponibilizada pela EDP. "Isto está hoje disponível no mercado", afiança Coutinho que compreende alguma falta de noção acerca da realidade pelo facto de "nem sempre a energia ser o tema mais interessante e mobilizador das pessoas".

Aposta na inovação e digitalização   Após ter iniciado a presença no mercado liberalizado, a EDP concentra agora esforços na área dos serviços. Como explica António Coutinho, a aposta na área dos serviços serve, no essencial, para "reduzir a factura do cliente",  consistindo na digitalização do serviço através do recurso à factura electrónica ou no apoio à gestão dos consumos. A EDP pretende ainda apoiar as empresas na digitalização dos seus próprios negócios. Como? Coutinho especifica que esse apoio pode passar por ajudar as empresas a relacionarem-se com as redes sociais e a chegarem, através da via digital, a um maior número de clientes.  Por isso, neste seminário vamos trazer oradores de fora que vão explicar o que é isto da digitalização e de que forma pode ser útil para as PME.