- Partilhar artigo
- ...
Imagine entrar numa loja, escolher os produtos e sair. Sem ter de fazer scan às compras, passar por uma caixa de check out ou mesmo fazer o pagamento físico. Esta é a base do projeto da Sensei, uma startup portuguesa que criou a tecnologia que possibilita que lojas físicas se tornem autónomas, dando uma melhor experiência não só ao cliente, mas ao próprio retalhista. "Para nós, as lojas autónomas representam um marco que gostamos de apelidar de um novo começo para o retalho", comentou Vasco Portugal, CEO e cofundador da Sensei Tech, que em 2021 anunciou uma ronda de financiamento seed no montante de 5,4 milhões de euros.
"A cada 30 anos há uma tecnologia ou procedimento que altera a forma como operamos o retalho", como por exemplo a introdução dos POS ou do ecommerce, nos anos 90, abrindo um novo canal de compras com uma forte componente de digitalização. "Em 2020, temos a introdução da tecnologia de lojas autónomas". Algo particularmente importante porque, segundo dados disponibilizados por Vasco Portugal no keynote da Conferência de apresentação do Prémio Nacional de Inovação, se o ecommerce representa 10% do volume de compras, significa que 90% do retalho ainda é feito nas lojas físicas.
Três pilares de ineficiência
A Sensei foi criada assente em três pilares de ineficiência no retalho: as filas, a falta de informação entre o momento em que o cliente pega num produto e o paga, e o facto de a base de clientes, sendo imensa, ser maioritariamente anónima. "Foi com isto que, em 2017, decidimos criar uma tecnologia que proporcionasse a melhor experiência de compra possível dentro uma loja ou supermercado". Para Vasco Portugal, a melhor experiência de compra é entrar numa loja, pegar nos produtos, sair e automaticamente os bens serem cobrados. "Tornar a experiência de compra tão simples como ir à despensa de casa ou frigorífico". Uma expectativa alinhada com uma nova geração, habituada a pedir um Uber e pagar através de uma aplicação. "Acredito piamente que estamos a capacitar o retalho para eliminar algo que não faz sentido, como as filas".
Claro que o conceito é simples mas tecnologicamente detém alguma complexidade, já que a empresa faz o tracking de milhares de produtos, em lojas com muita gente, tudo em tempo real. Ou seja, a tecnologia da Sensei permite que cada produto que um cliente retirar da prateleira seja adicionado a um cesto virtual e, de cada vez que o devolva - independentemente do sítio onde o colocar -, volta para o inventário de loja. "Oferecendo esse cesto, estamos a oferecer toda a jornada end-to-end de cada cliente. Capturamos todas as interações entre clientes e produtos, tendo em tempo real todo o inventário da loja. Ou seja, estamos a digitalizar toda a experiência e operação de loja".
Em Portugal, a primeira experiência foi em 2021, com a Sonae. A empresa deu ainda um importante passo na sua internacionalização ao anunciar que a cadeia brasileira de supermercados Grupo Muffato adotou a sua plataforma de Inteligência Artificial.
A nova loja Muffato Go, que abriu ao público em novembro último, materializa a experiência de compras simplificada sem filas, self-scanning ou qualquer outro formato físico de checkout, tornando-se na primeira implementação da tecnologia Sensei fora da Europa.
Os clientes apenas têm de descarregar a aplicação do Grupo Muffato, que gera um QR code que lhes permite entrar na loja, recolher os produtos que pretendem e sair sem ter de passar numa caixa ou estar numa fila. Uma rede de sensores disponibiliza a informação que a IA da Sensei necessita para acompanhar os produtos que cada cliente seleciona e devolve em toda a loja, que conta com um total de 250 metros quadrados. O valor dos produtos escolhidos é cobrado automaticamente aos clientes quando estes saem da loja. Como parte integrante das salvaguardas de privacidade da Sensei, a privacidade dos clientes permanece anónima enquanto estes fazem as suas compras.
Os dados recolhidos pela Sensei são facultados em tempo real para uma otimização da tomada de decisões das operações de loja do Grupo Muffato, deteção de stock outs, produtos perdidos ou gestão de inventário. O CEO admite que entrar no Brasil, um dos maiores mercados de retalho em todo o mundo, foi um marco decisivo na expansão da Sensei. "Estamos entusiasmados com o impacto que podemos gerar ao trazer um novo nível de conveniência para os consumidores através da tecnologia autónoma".
"A cada 30 anos há uma tecnologia ou procedimento que altera a forma como operamos o retalho", como por exemplo a introdução dos POS ou do ecommerce, nos anos 90, abrindo um novo canal de compras com uma forte componente de digitalização. "Em 2020, temos a introdução da tecnologia de lojas autónomas". Algo particularmente importante porque, segundo dados disponibilizados por Vasco Portugal no keynote da Conferência de apresentação do Prémio Nacional de Inovação, se o ecommerce representa 10% do volume de compras, significa que 90% do retalho ainda é feito nas lojas físicas.
Três pilares de ineficiência
A Sensei foi criada assente em três pilares de ineficiência no retalho: as filas, a falta de informação entre o momento em que o cliente pega num produto e o paga, e o facto de a base de clientes, sendo imensa, ser maioritariamente anónima. "Foi com isto que, em 2017, decidimos criar uma tecnologia que proporcionasse a melhor experiência de compra possível dentro uma loja ou supermercado". Para Vasco Portugal, a melhor experiência de compra é entrar numa loja, pegar nos produtos, sair e automaticamente os bens serem cobrados. "Tornar a experiência de compra tão simples como ir à despensa de casa ou frigorífico". Uma expectativa alinhada com uma nova geração, habituada a pedir um Uber e pagar através de uma aplicação. "Acredito piamente que estamos a capacitar o retalho para eliminar algo que não faz sentido, como as filas".
Claro que o conceito é simples mas tecnologicamente detém alguma complexidade, já que a empresa faz o tracking de milhares de produtos, em lojas com muita gente, tudo em tempo real. Ou seja, a tecnologia da Sensei permite que cada produto que um cliente retirar da prateleira seja adicionado a um cesto virtual e, de cada vez que o devolva - independentemente do sítio onde o colocar -, volta para o inventário de loja. "Oferecendo esse cesto, estamos a oferecer toda a jornada end-to-end de cada cliente. Capturamos todas as interações entre clientes e produtos, tendo em tempo real todo o inventário da loja. Ou seja, estamos a digitalizar toda a experiência e operação de loja".
Em Portugal, a primeira experiência foi em 2021, com a Sonae. A empresa deu ainda um importante passo na sua internacionalização ao anunciar que a cadeia brasileira de supermercados Grupo Muffato adotou a sua plataforma de Inteligência Artificial.
A nova loja Muffato Go, que abriu ao público em novembro último, materializa a experiência de compras simplificada sem filas, self-scanning ou qualquer outro formato físico de checkout, tornando-se na primeira implementação da tecnologia Sensei fora da Europa.
Os clientes apenas têm de descarregar a aplicação do Grupo Muffato, que gera um QR code que lhes permite entrar na loja, recolher os produtos que pretendem e sair sem ter de passar numa caixa ou estar numa fila. Uma rede de sensores disponibiliza a informação que a IA da Sensei necessita para acompanhar os produtos que cada cliente seleciona e devolve em toda a loja, que conta com um total de 250 metros quadrados. O valor dos produtos escolhidos é cobrado automaticamente aos clientes quando estes saem da loja. Como parte integrante das salvaguardas de privacidade da Sensei, a privacidade dos clientes permanece anónima enquanto estes fazem as suas compras.
Os dados recolhidos pela Sensei são facultados em tempo real para uma otimização da tomada de decisões das operações de loja do Grupo Muffato, deteção de stock outs, produtos perdidos ou gestão de inventário. O CEO admite que entrar no Brasil, um dos maiores mercados de retalho em todo o mundo, foi um marco decisivo na expansão da Sensei. "Estamos entusiasmados com o impacto que podemos gerar ao trazer um novo nível de conveniência para os consumidores através da tecnologia autónoma".