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"As acessibilidades para o sector dos moldes e plásticos tem importância, sobretudo porque é um sector exportador, tanto pela remessa dos produtos como pelos clientes que nos visitam. Temos o aeroporto de Lisboa que serve a região de Leiria, mas a possibilidade de um aeroporto na região seria uma mais-valia" disse Rui Silva, CEO da Moldetipo.
"O sector dos moldes e plásticos teve o melhor resultado de sempre em 2017, o contributo para o PIB deste sector é importante, também tem que ver com a qualidade dos nossos empresários, que depois puxam outros empresários para virem para a nossa região", refere Raul Castro.
O tecido empresarial em Leiria têm gerado mais emprego, por isso, como sublinha Raul Castro, "temos uma taxa de desemprego de 4,5%, que é inferior à da Alemanha". Adianta que "há cada vez mais empresas a instalarem-se na região, a mão-de-obra qualificada é sustentada pelos licenciados do IPL e por isso temos todas as condições para que os decisores empresariais procurem a nossa região para se instalar".
Frangos assados exportados
Deu exemplos da dinâmica empresarial como as exportações de frango assado congelado para 16 países da empresa Rei dos Frangos ou os 250 milhões de pães para exportar ou 100 milhões de pastéis de nata. Um dos seus projectos é fazer em Leiria um cluster das TICE (Tecnologias de informação e comunicação) "atendendo que há um conjunto muito forte de empresas ligadas a esse segmento e que têm relevância até em termos de exportação".
Presidente da Câmara Municipal de Leiria
São vários os segmentos industriais na região de Leiria como a fabricação e transformação da cerâmica, do vidro e da pedra, bem como o fabrico de produtos metálicos, a produção de moldes e sector metalomecânico (fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos, fábricas de transformação de matérias plásticas, empresas quer de produtos em plástico para a construção civil (tubagens, por exemplo), para instalações eléctricas e material para uso doméstico; embalagem.
A Câmara Municipal de Leiria tem um programa de incentivos. Assim, "em função do número de trabalhadores que cada projecto poderá ter isenções fiscais como o IMI, IMT. Com as contas equilibradas do município vai ser possível contemplar mais benefícios para que empresas e empresários se fixem em Leiria" explica Raul Castro.
O colapso da mão-de-obra
Esta indústria de moldes e plásticos pode colapsar dentro de 20 anos por causa dos recursos humanos. Em termos demográficos estamos a perder população, a taxa de natalidade é baixíssima, e se não houver medidas para compensar esta futura falta de mão de obra qualificada pode ser o fim de uma indústria", referiu Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria.
Este tom apocalíptico foi secundado por Fernando Vicente, presidente da Somema, para quem a maior preocupação é "a falta de mão-de-obra", só depois surge a questão da mão-de-obra qualificada. "Não sei se a solução não passa por abrir Portugal à imigração, como a de Leste" aventou.
Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnico de Leiria, sublinhou que a baixa taxa de natalidade "é o problema de base que se sente numa região que está a crescer", e que "tem de ser invertida através de políticas de natalidade mas também de atracção de talentos do estrangeiro".