- Partilhar artigo
- ...
João Dias, chief digital officer do Novo Banco, considera que existem dois grandes desafios. "Há um nível que é muito estrutural em que há solução, mas às vezes é difícil quadrar. No caso do Novo Banco mistura-se o legacy com a marca difícil no mercado com um horizonte de investimento em que às vezes é difícil ter o retorno na altura certa para a coisa quadrar. São problemas estruturais, que são difíceis de resolver, mas em que há solução".
O outro desafio tem a ver com os fatores mais idiossincráticos em termos de organizações estabelecidas, antigas, "com os aspetos culturais, talento, alinhar as pessoas à volta da mesa para fazer uma estratégia digital, em que esta não é apenas referente ao digital mas é do banco como um todo, que por acaso se chama digital, mas é a transformação da organização como um todo".
João Dias recorda que como consultor considerava que a questão da cultura das organizações era um cliché que era se solução mais ou menos rápida. "Mas não é um cliché, é mesmo verdade, é difícil, as organizações são pesadas, demoram a alinhar-se em torno dos objetivos. As organizações têm veículos e cadeias de transmissão em que há várias linhas. Por outro lado, há o queremos fazer mas depois existe o how to, como é que se faz."
O CEO e o board
Para Fernando Braz, Country Leader da Salesforce, "se o CEO e o board acreditarem na digitalização é meio caminho andado. Vejo isso em alguns clientes. Se o CEO e o board diz ‘avance-se, avança’". Por sua vez, segundo Isabel Guerreiro, administradora do Santander, "há uma pessoa que eu conheço que diz: dizem que sim com a cabeça e que não com os pés. Mesmo quando o board quer é preciso criar toda uma narrativa para se acreditar numa intenção grande".
Na opinião de João Dias, no tema da digitalização há um obstáculo que é o facto de a maior parte das pessoas que estão na liderança das empresas não ter crescido no mundo em que tem de se ser bom em tecnologia, tem de se pensar no customer-centric, em que todas as pessoas têm de perceber o que é o agile.
Na mudança da organização a questão está no como é que se faz. "As pessoas alinham no objetivo mas depois como é que se chega, que dores são necessárias passar para atingir esses objetivos, que trade-offs estamos disponíveis para fazer. Depois começa a ser cada vez mais difícil alinhar", diz João Dias.
O outro desafio tem a ver com os fatores mais idiossincráticos em termos de organizações estabelecidas, antigas, "com os aspetos culturais, talento, alinhar as pessoas à volta da mesa para fazer uma estratégia digital, em que esta não é apenas referente ao digital mas é do banco como um todo, que por acaso se chama digital, mas é a transformação da organização como um todo".
João Dias recorda que como consultor considerava que a questão da cultura das organizações era um cliché que era se solução mais ou menos rápida. "Mas não é um cliché, é mesmo verdade, é difícil, as organizações são pesadas, demoram a alinhar-se em torno dos objetivos. As organizações têm veículos e cadeias de transmissão em que há várias linhas. Por outro lado, há o queremos fazer mas depois existe o how to, como é que se faz."
O CEO e o board
Para Fernando Braz, Country Leader da Salesforce, "se o CEO e o board acreditarem na digitalização é meio caminho andado. Vejo isso em alguns clientes. Se o CEO e o board diz ‘avance-se, avança’". Por sua vez, segundo Isabel Guerreiro, administradora do Santander, "há uma pessoa que eu conheço que diz: dizem que sim com a cabeça e que não com os pés. Mesmo quando o board quer é preciso criar toda uma narrativa para se acreditar numa intenção grande".
Na opinião de João Dias, no tema da digitalização há um obstáculo que é o facto de a maior parte das pessoas que estão na liderança das empresas não ter crescido no mundo em que tem de se ser bom em tecnologia, tem de se pensar no customer-centric, em que todas as pessoas têm de perceber o que é o agile.
Na mudança da organização a questão está no como é que se faz. "As pessoas alinham no objetivo mas depois como é que se chega, que dores são necessárias passar para atingir esses objetivos, que trade-offs estamos disponíveis para fazer. Depois começa a ser cada vez mais difícil alinhar", diz João Dias.
João Dias É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, fez um MBA no INSEAD e esteve durante 17 anos na McKinsey, onde chegou a partner. Em 2018, foi recrutado para chief digital officer do Novo Banco.