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Ricardo Sousa, durante a segunda edição do Observatório: O Imobiliário em Portugal, apelou a uma estratégia integrada para o sector do imobiliário. Para que se consiga também um maior equilíbrio entre a vertente habitacional e turística, o director-geral da Century 21 Portugal pede mais transparência da informação.
A procura nacional para a compra de casa e arrendamento está a aumentar, com a maioria das transacções a verificar-se nas periferias das cidades. Aí, o preço é mais acessível à maioria das bolsas das famílias portuguesas. "Tem de haver alguma prudência nas políticas, para que se proteja o mercado doméstico, que é o motor da economia", recordou na altura.
Até porque a pressão turística, sentida sobretudo em Lisboa, está a levar à subida constante dos preços das habitações nos centros das cidades. Ricardo Sousa apela à promoção de construção nova. A autarquia da capital, liderada por Fernando Medina, responde com um plano: existirão sete mil novas casas na cidade a preços acessíveis. As primeiras chaves começam a ser entregues em 2017.
Manuel Salgado, vereador para o Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, confirmou que a primeira fase arrancará na zona do Martim Moniz, com 240 habitações ao abrigo deste programa.
Como está a Century 21 a evoluir até ao momento?
A rede Century 21 Portugal está a crescer cerca de 32% este ano e a registar uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos anos.
Apelou a uma estratégia para o sector imobiliário. Quais devem ser os pilares da mesma?
Considero que os pilares fundamentais para assegurar o acesso às necessidades de habitação dos portugueses são a reabilitação urbana, o arrendamento habitacional e a qualificação dos alojamentos tal como previsto pelo IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]. Contudo, é necessário que seja criado um equilíbrio entre as estratégias de captação de investidores e turistas, para o mercado de arrendamento de curta duração, e as políticas de habitação, desenvolvimento social e protecção do ADN das cidades nacionais.
Posso dizer, com a maior convicção, que Portugal tem um mercado imobiliário extremamente equilibrado. Contudo, em algumas áreas de Lisboa existe uma maior pressão imobiliária provocada por uma transição de edifícios residenciais para fins turísticos e também por uma forte procura internacional de imóveis residenciais.
Há uma colocação dos interesses dos clientes portugueses em segundo plano perante a maior procura estrangeira?
Na Century 21 Portugal sentimos a necessidade de se criarem mais soluções de habitação para o segmento médio e médio/baixo da população, tendo em conta a evolução da procura nacional que estamos a registar.
Acredita que as regras para o alojamento local deviam ser mais rígidas, com um limite para licenciamento?
Considero que é importante que existam critérios bem definidos para uma evolução sustentada do alojamento local na cidade.
A procura nacional para a compra de casa e arrendamento está a aumentar, com a maioria das transacções a verificar-se nas periferias das cidades. Aí, o preço é mais acessível à maioria das bolsas das famílias portuguesas. "Tem de haver alguma prudência nas políticas, para que se proteja o mercado doméstico, que é o motor da economia", recordou na altura.
Até porque a pressão turística, sentida sobretudo em Lisboa, está a levar à subida constante dos preços das habitações nos centros das cidades. Ricardo Sousa apela à promoção de construção nova. A autarquia da capital, liderada por Fernando Medina, responde com um plano: existirão sete mil novas casas na cidade a preços acessíveis. As primeiras chaves começam a ser entregues em 2017.
Manuel Salgado, vereador para o Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, confirmou que a primeira fase arrancará na zona do Martim Moniz, com 240 habitações ao abrigo deste programa.
Como está a Century 21 a evoluir até ao momento?
A rede Century 21 Portugal está a crescer cerca de 32% este ano e a registar uma evolução bastante positiva ao longo dos últimos anos.
Apelou a uma estratégia para o sector imobiliário. Quais devem ser os pilares da mesma?
Considero que os pilares fundamentais para assegurar o acesso às necessidades de habitação dos portugueses são a reabilitação urbana, o arrendamento habitacional e a qualificação dos alojamentos tal como previsto pelo IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]. Contudo, é necessário que seja criado um equilíbrio entre as estratégias de captação de investidores e turistas, para o mercado de arrendamento de curta duração, e as políticas de habitação, desenvolvimento social e protecção do ADN das cidades nacionais.
"Portugal tem um mercado extremamente equilibrado. Em algumas áreas de Lisboa existe uma maior pressão."
Acredita que em Portugal já se assistem a fenómenos de pressão imobiliária provocadas pelo turismo ou as manifestações de descontentamento são exageradas?Posso dizer, com a maior convicção, que Portugal tem um mercado imobiliário extremamente equilibrado. Contudo, em algumas áreas de Lisboa existe uma maior pressão imobiliária provocada por uma transição de edifícios residenciais para fins turísticos e também por uma forte procura internacional de imóveis residenciais.
Há uma colocação dos interesses dos clientes portugueses em segundo plano perante a maior procura estrangeira?
Na Century 21 Portugal sentimos a necessidade de se criarem mais soluções de habitação para o segmento médio e médio/baixo da população, tendo em conta a evolução da procura nacional que estamos a registar.
Acredita que as regras para o alojamento local deviam ser mais rígidas, com um limite para licenciamento?
Considero que é importante que existam critérios bem definidos para uma evolução sustentada do alojamento local na cidade.