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Futebol Clube do Porto: Mais títulos com menos energia

O Estádio do Dragão adequa-se tanto às necessidades de grandes eventos, tais como concertos ou torneios europeus, como às mais quotidianas com maior restrição ao consumo.

28 de Dezembro de 2017 às 16:33
David Martins
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Categoria Serviços: (Consumo anual > 1,25 GWh) Vencedor Futebol Clube do Porto - Estádio

O Estádio do Dragão foi inaugurado em 2003 já como uma referência em termos de projecto de iluminação eficiente. Possuía sistemas de controlo e comando capazes de gerir os sistemas mais consumidores e, acima de tudo, o dimensionamento dos equipamentos foi muito adequado às necessidades do Futebol Clube do Porto.

A PortoEstádio é a empresa do universo Futebol Clube do Porto responsável pela gestão e operação dos imóveis do grupo. Na sua alçada encontra-se o Estádio do Dragão, o Dragão Caixa, o Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, o Vitalis Park e as Piscinas de Campanhã, onde são aplicadas as boas práticas de gestão energética e ambiental definidas para todos os edifícios do grupo.

Poupanças acumuladas

Uma das provas do design ambientalmente correcto do edifício traduziu-se numa certificação ambiental ISO 14001 com um investimento quase nulo, o que mostra que o Estádio do Dragão estava, desde a sua construção, focado na sustentabilidade. Os investimentos na melhoria da eficiência, que passaram pela substituição programada em fim de vida de componentes ou consumíveis, terão orçado os 50 mil euros. As poupanças energéticas acumuladas ascendem já a algumas centenas de milhares de euros.

Um melhor conhecimento da matriz de consumos só foi possível através de auditorias energéticas e de um drill down que resultou na identificação pormenorizada dos equipamentos ou sistemas mais relevantes. A partir desse ponto, com a instalação de contadores parciais, é possível analisar e controlar os consumos dos equipamentos e sistemas mais consumidores em tempo real. Esta informação é analisada e utilizada nas programações dos sistemas scada de controlo de iluminação e AVAC, sendo ainda cruzada com as previsões meteorológicas para optimização das centrais térmicas.

A tecnologia LED impera na iluminação do parque de estacionamento, nos blocos autónomos e nos televisores. Foi reduzida a iluminação dos parques para 2/3 do previsto, após um estudo sobre a segurança e o conforto dos utilizadores e foram colocados sensores de movimento e temporizadores nas zonas de circulação não permanente, nomeadamente em zonas do circuito de visitas, halls de acesso aos elevadores e escadarias.

A geração de resíduos, a contaminação da água e do ar, os gases com efeito de estufa, o ruído ou o risco associado à actividade são tidos em consideração e a mitigação do impacto destes está presente em todos os processos.