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A Cellnex, que entrou em Portugal em 2000, gere cerca de seis mil infraestruturas no nosso país. "Estão disponíveis para qualquer entidade poder instalar a sua tecnologia independentemente de ser 5G, IoT, baseadas em qualquer tecnologia, para prestarem os seus serviços", refere Nuno Carvalhosa, CEO da Cellnex Portugal. Desde 2020, a empresa já instalou mais de 300 infraestruturas novas, mais de 90% fora das zonas mais densas do país, no "reforço da coesão territorial para Portugal se tornar menos assimétrico em termos económicos, sociais e culturais".
Quais são as potencialidades da inovação e das smart cities para a atração de investimento estrangeiro?
O sucesso económico de Portugal tem de passar pela capacidade de atrair IDE produtivo, de longo prazo e em setores estruturais. A Cellnex, por exemplo, investiu mais de 1,5 mil milhões de euros em Portugal desde 2020, pela lógica de continuidade no espaço europeu onde a empresa está focada, pela sofisticação do setor de telecomunicações e a qualidade dos recursos humanos da empresa adquirida e pela previsibilidade do funcionamento das instituições do país.
Talento altamente qualificado em termos académicos, científicos e profissionais, capaz de inovar, assim como a atratividade geral do país e dos seus centros urbanos, são fatores decisivos de captação de IDE e de progresso económico.
Qual é o papel da inovação na Cellnex?
O papel da inovação tem sido fundamental no desenvolvimento da Cellnex porque o nosso forte crescimento tem assentado num modelo de negócio inovador. Um modelo inovador que consiste na detenção e na gestão de infraestruturas de telecomunicações por uma entidade apenas grossista, neutra e independente e que é um modelo que encerra todos os incentivos à maximização da partilha das nossas infraestruturas.
A Cellnex investiu já 36 mil milhões de euros em 12 países europeus desde a entrada em bolsa em 2015 no desenvolvimento e consolidação deste modelo de negócio inovador.
Este modelo de negócio é inovador e, também, pró-competitivo. O nosso sucesso económico depende, necessariamente, de maximizarmos a partilha das infraestruturas. E a maximização da partilha das infraestruturas cria condições para a redução dos custos associados.