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Equipa de gestão é factor chave

Na avaliação dos projectos de turismo, o factor chave é a equipa de gestão, além de um plano de negócios sustentado na exploração

09 de Maio de 2018 às 11:06
Paulo Duarte
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"Quando apreciamos um projecto hoteleiro temos, em cima da mesa, uma previsão que tem em conta a valorização do próprio imóvel", referiu Carlos Santos Lima. Deu o exemplo de "novos empresários que estão a entrar no sector em que a componente de investimento imobiliário está a pesar-lhes muito nas expectativas futuras de retorno".

O papel do banco tem sido tentar equilibrar a componente de capitais próprios a aportar ao negócio. "Estar a sustentar o negócio apenas na expectativa de valorização do imobiliário em vez da exploração, pode ser o princípio do fim", explicou. Alertou que a evolução dos preços do imobiliário leva a que em muitos dos projectos este esteja sobrevalorizado, "portanto tem de se resfriar um pouco para não termos os problemas que o sistema bancário teve anteriormente".

"Os preços vão continuar a subir, não há motivo para que desçam, mas também não vão subir ao ritmo de dois dígitos sempre", afirma Ricardo Gonçalves. Em termos de preços, a evolução futura do mercado imobiliário pode ser afectada pela evolução da política monetária e da alteração de enquadramento das taxas de juro, mas como este território está vocacionado para uma ocupação de curta duração, permite-lhe ajustar a política de preços a eventuais alterações de taxas de juro.

Incentivos à reabilitação

No Porto há incentivos à reabilitação e, no caso do turismo, as linhas dedicadas ao sector. O IFRU (Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas) está vocacionado para a reabilitação em zonas pré-definidas pelas câmaras através da ARU e da PARU. "Tem prazos longos de financiamento, a prazos superiores aos que a banca pratica, a taxas mais baixas, ajuda a financiar parte da aquisição de um imóvel para reabilitação e é flexível no uso posterior pois pode ser vendido, arrendado, criado um hotel, admite várias soluções", referiu Carlos Santos Lima.


3
Milhões
de dormidas de portugueses, 473,7 mil dormidas de espanhóis

324,4
Milhões
de euros de proveitos para a hotelaria, um aumento de 20,5%.


Este gestor referiu que na avaliação dos projectos de turismo pelo Banco Santander, o factor chave é a avaliação da equipa de gestão, além de um plano de negócios sustentado nos resultados da exploração, que é um dos principais factores avaliados.

"Para além dos empresários de turismo e hotelaria, existem vários tipos de empresários a querer investir na hotelaria, por força da evolução do turismo ou porque têm muitos imóveis para reabilitar. Nessa altura há duas possibilidades: contratam uma estrutura de gestão ou entregam o hotel à exploração a terceiros", explicou Carlos Santos Lima. "Há uma percepção clara que é necessária uma gestão profissionalizada a todos os níveis".