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"O cancro do pulmão foi durante muitos anos uma doença de tratamento muito difícil por duas razões fundamentais, ou seja, o seu diagnóstico era feito num estado muito avançado e, por outro lado, a sua resistência às terapêuticas clássicas, que eram a quimioterapia e a radioterapia, devido ao facto de surgirem em estado avançado não podiam ser tratados por cirurgia", explicou Teresa Almodovar, diretora do serviço de pneumologia do IPO Lisboa e presidente do Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão.
Neste século surgiram descobertas em relação ao cancro do pulmão que permitiram um avanço muito grande na terapêutica. Foi possível com os avanços tecnológicos nomeadamente com os diagnósticos moleculares. Este desenvolvimento permitiu a classificação do cancro do pulmão por subtipos, sobretudo no adenocarcinoma, em que há alterações genéticas que eram as indutoras da diferenciação da célula em cancro e da perpetuação do cancro.
A possibilidade de encontrar essas alterações numa grande quantidade de doentes de adenocarcinoma do pulmão permitiu tratá-los porque foram encontradas também terapêuticas dirigidas a essas alterações. Inicialmente essas alterações eram diagnosticadas por métodos menos diferenciados, hoje são diagnosticados pela técnica de NGS.
Teresa Almodovar assinala que neste campo "foi ainda possível construir e encontrar moléculas do ponto de vista químico e transformá-las em medicamentos, em fármacos que se dirigem às alterações genéticas encontradas. Permite impedir a diferenciação desse cancro do pulmão e permite que mesmo em estado avançado os doentes tenham mais tempo de vida e melhor qualidade de vida."
Driblar a cura
"Mas não é perfeito porque o cancro consegue sempre de alguma forma driblar estas terapêuticas, o que tem levado ao estudo e desenvolvimento de novos fármacos para as alterações genéticas em consequência da terapêutica com os fármacos", sublinha Teresa Almodovar. Há uma inovação no tratamento do cancro do pulmão que se deveu a uma investigação imunológica muito longa. Neste momento, conhecem-se os mecanismos de resistência do organismo ao cancro do pulmão, que funciona habitualmente através das células T. Os desenvolvimentos deste estudo permitem hoje tratar uma maior quantidade de pessoas e não apenas os que têm alterações genéticas induzindo o organismo a lutar contra o cancro.
"As descobertas destes fármacos estão a mostrar-se muito promissoras, talvez mais até que a outra terapêutica dirigida porque permite tratar um maior número de pessoas e os adenocarcinomas e os carcinomas permitem-nos uma grande qualidade de vida quando estão a ser tratados da doença", revela Teresa Almodovar.
A diretora do serviço de pneumologia do IPO Lisboa referiu ainda que há vários estudos que mostram que com os diagnósticos precoces do cancro do pulmão a taxa de sobrevivência é maior, por isso "parece ser útil fazer o rastreio da população nesse contexto".
Neste século surgiram descobertas em relação ao cancro do pulmão que permitiram um avanço muito grande na terapêutica. Foi possível com os avanços tecnológicos nomeadamente com os diagnósticos moleculares. Este desenvolvimento permitiu a classificação do cancro do pulmão por subtipos, sobretudo no adenocarcinoma, em que há alterações genéticas que eram as indutoras da diferenciação da célula em cancro e da perpetuação do cancro.
A possibilidade de encontrar essas alterações numa grande quantidade de doentes de adenocarcinoma do pulmão permitiu tratá-los porque foram encontradas também terapêuticas dirigidas a essas alterações. Inicialmente essas alterações eram diagnosticadas por métodos menos diferenciados, hoje são diagnosticados pela técnica de NGS.
Teresa Almodovar assinala que neste campo "foi ainda possível construir e encontrar moléculas do ponto de vista químico e transformá-las em medicamentos, em fármacos que se dirigem às alterações genéticas encontradas. Permite impedir a diferenciação desse cancro do pulmão e permite que mesmo em estado avançado os doentes tenham mais tempo de vida e melhor qualidade de vida."
Driblar a cura
"Mas não é perfeito porque o cancro consegue sempre de alguma forma driblar estas terapêuticas, o que tem levado ao estudo e desenvolvimento de novos fármacos para as alterações genéticas em consequência da terapêutica com os fármacos", sublinha Teresa Almodovar. Há uma inovação no tratamento do cancro do pulmão que se deveu a uma investigação imunológica muito longa. Neste momento, conhecem-se os mecanismos de resistência do organismo ao cancro do pulmão, que funciona habitualmente através das células T. Os desenvolvimentos deste estudo permitem hoje tratar uma maior quantidade de pessoas e não apenas os que têm alterações genéticas induzindo o organismo a lutar contra o cancro.
"As descobertas destes fármacos estão a mostrar-se muito promissoras, talvez mais até que a outra terapêutica dirigida porque permite tratar um maior número de pessoas e os adenocarcinomas e os carcinomas permitem-nos uma grande qualidade de vida quando estão a ser tratados da doença", revela Teresa Almodovar.
A diretora do serviço de pneumologia do IPO Lisboa referiu ainda que há vários estudos que mostram que com os diagnósticos precoces do cancro do pulmão a taxa de sobrevivência é maior, por isso "parece ser útil fazer o rastreio da população nesse contexto".