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Centro de formação profissional fica em Ferreiras

A maior fatia desempregados de Albufeira está inscrita no Centro de Emprego há menos de um ano, o que mostra que a maioria do desemprego em Albufeira resultou da situação pandémica, referiu Margarida Feu, diretora do IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional).

21 de Abril de 2021 às 17:30
Margarida Feu lembrou que Albufeira tem mais desempregados do que a média da região do Algarve. Rui Gregório
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Albufeira tem mais de 6.600 desempregados quando o Algarve regista pouco mais de 33.650 desempregados. Cerca de 20% do desemprego está em Albufeira, que "foi o concelho que teve a evolução negativa mais evidente", os quais apresentam um nível de escolaridade bastante superior à média do Algarve (43,6% inscritos com o nível secundário em Albufeira, enquanto nos restantes concelhos é de 36,8%).

Nesta crise provocada pela covid-19 já se ultrapassaram os valores do desemprego da crise de 2012-13 em Albufeira, o único concelho em que isso aconteceu no Algarve, porque "a principal atividade no concelho está suspensa, está parada, com todas as restrições geradas pela crise da covid-19", sublinhou Margarida Feu.

Há um número elevado de estrangeiros de países terceiros, isto é, fora da União Europeia, inscritos nos centros de emprego e o concelho algarvio é o que regista o número mais elevado. São 40% em Albufeira contra 27% no Algarve. "Estas são pessoas que têm de ter uma estratégia diferente de inclusão porque são pessoas mais fragilizadas e grande parte delas não fala sequer português", disse Margarida Feu.

Centro Qualifica

A maioria são mulheres (53,8%), o grosso dos desempregados inscritos no Centro de Emprego que procuram novo emprego, e estão entre os 35 e os 54 anos, sendo logo seguido pelo grupo etário dos 20 aos 34 anos. Em termos de habilitações, nos desempregados de Albufeira a maioria, mais de 46%, tem o 12.º ano de escolaridade, em termos de Algarve são 36,8%.

Margarida Feu referiu que o IEFP tem uma linha de apoio à criação do próprio emprego e linhas de apoio bancário para a criação de negócios, mas nesta área Albufeira tem pouco peso. Em 2017, 14% dos projetos eram de Albufeira, tendo baixado para 8% em 1918 . Dos projetos que entraram a maior parte são projetos de serviços, muito diversificados.

A diretora do IEFP do Algarve reconheceu que "sendo o concelho com mais desempregados é onde temos menos equipamentos de resposta do IEFP. Em Albufeira não temos equipamentos para a formação, mas já foi assinado um protocolo entre a Câmara e o IEFP para a construção de um polo de formação profissional em Ferreiras para jovens e adultos, especialmente vocacionado para o turismo e outros setores com potencial de crescimento no concelho, nomeadamente na área da transição digital e da promoção da aprendizagem ao longo da vida".

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