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Os municípios têm as ferramentas de que necessitam para intervir na frente económica?
Têm alguns, mas ainda não os suficientes. Há dificuldades que por vezes se revelam insanáveis e que deixam escapar oportunidades de investimento potencialmente gerador de emprego e de riqueza. Por exemplo, a questão do licenciamento industrial chega a ser um processo penoso que se arrasta de ministério em ministério, levando alguns investidores ao desespero e à desistência, rumando a outras geografias mais atrativas. Há um caminho a fazer no sentido de agilizar processos e facilitar a vida a quem quer investir, sem, contudo, prescindir da regulação e da preservação da sustentabilidade ambiental.
Porque diz que a Maia é um território mais "seletivo" do que outros na atração de investimento?
Por princípio, acolhemos todo o investimento de braços bem abertos. Contudo, estamos num nível de desenvolvimento em que uma das preocupações essenciais é a sustentabilidade ambiental. Temos um caminho feito nessa matéria e somos hoje muito exigentes na apreciação técnica e política dos projetos. A comunidade que vive e trabalha na Maia beneficia de indicadores de eficiência ambiental e não abdicamos dessa conquista que é de todos. Projetos que possam pôr em risco a nossa tranquilidade e segurança ambiental não nos seduzem.
O que está a mudar na economia global, que seja já hoje notório a nível local?
Fundamentalmente, é que as empresas se suportam cada vez mais numa base tecnológica. E a Maia é hoje o primeiro concelho da Área Metropolitana do Porto com maior proporção de empresas de média e média-alta tecnologia, sendo o segundo da região Norte e o terceiro a nível nacional. Veja-se o Tecmaia, no qual essa realidade tecnológica está bem patente.
Lidera um concelho com forte peso industrial. Com as alterações climáticas na agenda, como é possível conciliar esse tema com o crescimento económico?
A Maia é um dos primeiros territórios a nível nacional em que o município concebeu e aprovou a sua estratégia de combate às alterações climáticas, alinhada com as recomendações internacionais e com as nossas características naturais e contexto regional. Temos como meta a descarbonização do território, visando promover interações, tanto quanto possível, isentas de carbono e de impactos ambientais nefastos. Temos em plena execução um conjunto de políticas ao nível da mobilidade, criando alternativas efetivas de mobilidade suave ou de transporte coletivo e de medidas concretas para a transição energética, em que as empresas da Maia são integradas como parceiros estratégicos, numa base de diálogo e franca cooperação institucional.
Como antecipa que seja o concelho daqui a uma década, em termos económicos?
A Maia em 2028 será uma economia local ainda mais magnética e vibrante. Não tenho dúvidas de que será, certamente, um concelho de pleno emprego, média e altamente qualificado, a laborar em empresas da nova revolução industrial que não pode ainda ser batizada, dado que, a meu ver, a economia no final dessa década estará inexoravelmente condicionada pela tecnologia digital e, "preocupantemente", pela inteligência artificial.
Têm alguns, mas ainda não os suficientes. Há dificuldades que por vezes se revelam insanáveis e que deixam escapar oportunidades de investimento potencialmente gerador de emprego e de riqueza. Por exemplo, a questão do licenciamento industrial chega a ser um processo penoso que se arrasta de ministério em ministério, levando alguns investidores ao desespero e à desistência, rumando a outras geografias mais atrativas. Há um caminho a fazer no sentido de agilizar processos e facilitar a vida a quem quer investir, sem, contudo, prescindir da regulação e da preservação da sustentabilidade ambiental.
Porque diz que a Maia é um território mais "seletivo" do que outros na atração de investimento?
Por princípio, acolhemos todo o investimento de braços bem abertos. Contudo, estamos num nível de desenvolvimento em que uma das preocupações essenciais é a sustentabilidade ambiental. Temos um caminho feito nessa matéria e somos hoje muito exigentes na apreciação técnica e política dos projetos. A comunidade que vive e trabalha na Maia beneficia de indicadores de eficiência ambiental e não abdicamos dessa conquista que é de todos. Projetos que possam pôr em risco a nossa tranquilidade e segurança ambiental não nos seduzem.
O que está a mudar na economia global, que seja já hoje notório a nível local?
Fundamentalmente, é que as empresas se suportam cada vez mais numa base tecnológica. E a Maia é hoje o primeiro concelho da Área Metropolitana do Porto com maior proporção de empresas de média e média-alta tecnologia, sendo o segundo da região Norte e o terceiro a nível nacional. Veja-se o Tecmaia, no qual essa realidade tecnológica está bem patente.
Lidera um concelho com forte peso industrial. Com as alterações climáticas na agenda, como é possível conciliar esse tema com o crescimento económico?
A Maia é um dos primeiros territórios a nível nacional em que o município concebeu e aprovou a sua estratégia de combate às alterações climáticas, alinhada com as recomendações internacionais e com as nossas características naturais e contexto regional. Temos como meta a descarbonização do território, visando promover interações, tanto quanto possível, isentas de carbono e de impactos ambientais nefastos. Temos em plena execução um conjunto de políticas ao nível da mobilidade, criando alternativas efetivas de mobilidade suave ou de transporte coletivo e de medidas concretas para a transição energética, em que as empresas da Maia são integradas como parceiros estratégicos, numa base de diálogo e franca cooperação institucional.
Como antecipa que seja o concelho daqui a uma década, em termos económicos?
A Maia em 2028 será uma economia local ainda mais magnética e vibrante. Não tenho dúvidas de que será, certamente, um concelho de pleno emprego, média e altamente qualificado, a laborar em empresas da nova revolução industrial que não pode ainda ser batizada, dado que, a meu ver, a economia no final dessa década estará inexoravelmente condicionada pela tecnologia digital e, "preocupantemente", pela inteligência artificial.