Outros sites Medialivre
Notícia

A visão global da Moldetipo

Há dez anos que Moldetipo apostou na injecção assistida por água, sendo líder nacional em moldes para water-assisted injection technology. Há cerca de seis anos que exportam esta tecnologia.

19 de Abril de 2018 às 11:36
Rui Silva, CEO da Moldetipo Pedro Brutt Pacheco
  • Partilhar artigo
  • ...
A Moldetipo exporta a totalidade da produção. Começou em 1996 com uma visão global e direccionada para a exportação, que se dirige em 50% para o mercado europeu, e a outra metade para mercados fora da Europa. A empresa faz 90% da sua facturação como fornecedora da indústria automóvel, por isso, desde o princípio da empresa, que a política estratégica foi diversificar mercados, porque não queriam ficar dependentes dos clientes europeus.

Nos últimos anos o sector cresceu, em termos médios, cerca de 10%, com um aumento da capacidade instalada. "Aumentamos a nossa capacidade de produção em cerca de 15%, renovamos máquinas, compramos novas", diz Rui Silva, CEO da Moldetipo.

Aumentamos a nossa capacidade de produção em cerca de 15%, renovamos máquinas, compramos novas.

Exportamos, há cerca de seis anos, esta tecnologia, o que gerado incremento de vendas e alguma representatividade em termos mundiais.
Rui Silva
CEO da Moldetipo

Desde a sua criação que a Moldetipo, com uma unidade na Marinha Grande, fez uma aposta na inovação tecnológica "e, ainda hoje, alguma da vantagem competitiva da empresa vem da tecnologia" refere Rui Silva. Cerca de 10% do volume de negócios é investido em desenvolvimento de produtos e de tecnologias onde têm uma colaboração com o IPL, sobretudo na área tecnológica.

Há dez anos que Moldetipo apostou na injecção assistida por água, sendo líder nacional em moldes para water-assisted injection technology. "Exportamos, há cerca de seis anos, esta tecnologia, o que gerado incremento de vendas e alguma representatividade em termos mundiais", salientou Rui Silva.

Empresa na Índia

É uma indústria de mão-de-obra intensiva e qualificada, faz protótipos, em que a mão-de-obra é fundamental. Mas demora tempo a especializar os colaboradores em determinadas áreas. "Cada empresa tem a sua política de formação. Tentamos formar uns quadros internamente, e, outros, fazemo-lo em colaboração com o IPL, que tem sido uma mais-valia para indústria da região" refere Rui Silva.

Há dois anos adquiriram 40% de uma empresa indiana, que deu origem à Wimtipo. Fabrica moldes de grande dimensão, que não conseguem fazer em Portugal, e além disso tem uma indústria automóvel emergente. Na China estão instalados em Shenzhen há cerca de dez anos com um gabinete técnico-comercial com dois engenheiros. "Em Portugal não tínhamos capacidade para fazer 50 moldes e com a China conseguimos fazê-los em oito a dez semanas" explica Rui Silva. Adianta que "os chineses têm capacidade tecnológica, mas não tem engenharia de projecto nem qualidade nos moldes. Em Portugal temos um saber acumulado em design e concepção do molde, que uma vantagem, porque para maquinar compram equipamentos".

O molde é uma ferramenta que na indústria automóvel tem um tempo de vida de cinco a seis anos e por isso oferecem o serviço pós-venda. No México têm uma oficina de manutenção que faz reparações, alterações, serviço pós-venda.

Esta estratégia resulta, como diz Rui Silva, do facto de os fornecedores procurarem os projectos chave na mão: "não querem saber do molde mas sim do produto final, porque eles precisam da peça, não do molde".