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Notícia

A transformação da educação

Mais meios digitais, modelo de ensino centrado no aluno e a aprendizagem fazendo recurso às tecnologias e às competências adquiridas.

21 de Abril de 2021 às 16:30
Sérgia Medeiros disse que há poucos recursos nas escolas. Rui Gregório
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"Não podemos perder a oportunidade de introduzir os tablets e os telemóveis na sala de aula para fins educativos; são mais acessíveis que os computadores, um elemento motivador e uma ferramenta essencial para a aprendizagem", afirmou Mauro Figueiredo. Referiu ainda a transformação pedagógica do modelo expositivo do século XVIII, centrado no professor, para um modelo focado no aluno e nos diferentes ritmos de aprendizagem.

Mauro Figueiredo destacou o desenvolvimento de competências alinhadas com o atual mercado de trabalho, nomeadamente ao nível do pensamento crítico, resolução de problemas, capacidade de trabalho em equipa, bem como a necessidade de fazer a transição para o que chamou de "alunos autores", que têm um papel ativo no processo de aprendizagem, "aprendem fazendo" com recurso às tecnologias e às competências adquiridas", salientou.

Sublinhou a transformação da sala de aula, que permite trabalhar individualmente ou em grupo, numa sala que funciona como uma espécie de biblioteca, com o professor a assumir o papel de tutor no processo de aprendizagem e a importância da aprendizagem híbrida (regime presencial e online), com vista a preparar os alunos para o atual mercado de trabalho.

Recursos para investir

Sérgia Medeiros, diretora do Agrupamento de Escolas Albufeira Poente, referiu que "uma coisa positiva que a pandemia trouxe foi a de nos agarrarmos a ferramentas a que não estávamos habituados, e dentro das circunstâncias, correu muito bem". Esta responsável diz haver nas escolas "poucos recursos" e que, dirigindo oito escolas, "98% do orçamento é para vencimentos". Quanto aos alunos diz que têm muitos motivos de distração e ensinar "não é missão fácil" e que a flutuação que a pandemia determina em matéria de regimes de aulas nem sempre é fácil de gerir.

Sérgia Medeiros referiu que há falta de espaço nas escolas, que teve de adaptar arrecadações a salas de aula e que decidiu esta semana a oferta formativa, após análise das necessidades do meio e consulta aos alunos: Informática, Turismo e Desporto, foram as escolhas.

Para a agenda do futuro Digitalização, transformação pedagógica e ambientes de trabalho e das aprendizagens, mais recursos para as escolas, requalificação das escolas e criação de novos espaços, melhoria da oferta educativa e adequação ao tecido socioeconómico.