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"Hoje o IT suporta tudo ao contrário do que escreveu Nicholas G. Carr no artigo ‘IT Doesn’t Matter’, publicado na HBR em maio de 2003", disse Luís Vaz Henriques, diretor IT / IS do Grupo Lusíadas Saúde. Mas alertou para o facto de o custo das tecnologias de informação ter "disparado brutalmente". Acrescentou que "o genomics não entra em Portugal porque o custo é muito elevado, as patentes de tecnologia são caríssimas, o mundo vai ter de repensar a forma como está a imputar a tecnologia o custo para conseguirmos globalizar a custos baixos. Não consigo aceitar que empresas de tecnologia continuem a faturar biliões de dólares quando precisamos de generalizar a tecnologia".
Produtoras de tecnologia de volta à realidade
Na opinião de Luís Vaz Henriques, "não vamos conseguir responder aos desafios se as multinacionais continuarem a vender tecnologia a valores tão elevados. Não consigo perceber como é que um telefone móvel pode custar mil dólares, quando um quilo de batatas custa o que custa. Perdemos completamente a noção da realidade do que são os custos nas tecnologias". A sua esperança é que esta pandemia e os seus efeitos na sociedade global "tragam as empresas produtoras de tecnologia à realidade".
Por sua vez Carlos Sousa, diretor de Sistemas e Tecnologias de Informação do Hospital Cruz Vermelha, sublinhou que há empresas multinacionais de tecnologia na saúde que não têm Portugal no seu radar. Este responsável deu o exemplo da EPIC que "não trabalha em Portugal porque acha que não há mercado nem dimensão para localização das suas ferramentas e estou a falar de fornecedores que têm soluções muito desenvolvidas".