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"O consumidor tem uma noção da agricultura de como era há 20 ou 30 anos, não consegue perceber a tecnologia, a inovação, que existem nos campos", referiu Luís Mira, secretário-geral da CAP. Pedro Torres, agricultor e organizador da AgroGlobal, sublinhou que era agricultor há 30 anos e sabe que hoje é duas vezes mais eficiente, graças aos investimentos em I&D que as grandes mundiais fazem. "Por isso é que temos alfaias mais eficientes, que poluem e emitem menos, melhores sementes, melhores genéticas e produtos, o que nos permite ser mais eficientes", disse Pedro Torres. Alertou ainda para os desafios alimentares do futuro e para as exigências ambientais.
Luís Mira concorda que a inovação é global, "não é feita à medida portuguesa", e por isso confessa que "precisávamos de ter alguma especificidade nessa inovação nos setores em que somos líderes mundiais, como a cortiça, a pasta de papel, o vinho". Refere ainda que "no sistema universitário português, que tem vinte e tal universidades de agricultura, todos querem fazer tudo e depois ninguém se consegue focar".
Considera que as soluções "para a inovação, feitas pelo Estado, estão inadequadas da realidade" e que há carência na transferência de tecnologia e de conhecimento. "A inovação e a investigação são feitas pelo INIAV. Se pedirmos um relatório sobre a investigação que fez e que chegou ao agricultor nos últimos 20 anos, será muito pouco, e, se for sobre os últimos 30 anos, ainda será menos", disse Luís Mira.
Adianta que hoje "existem orçamentos comunitários para I&D, que estão integrados nas redes europeias de investigação, que estão ligadas às universidades. Não tínhamos esta rede mais densa de I&D, nem no número nem na proximidade". Mesmo assim, e em forma de provocação, defendeu que "algumas das universidades em Portugal deviam fechar amanhã e repensar o que estão a ensinar aos alunos, porque o que ensinam já não se usa".
Em resposta, Divanildo Monteiro, professor auxiliar e diretor do departamento de Zootecnia da UTAD, concordou que a " academia anda a falhar" e que é crítico de alguma investigação que se faz, "que tem pouco interesse para o setor, é pouco aplicada". Por outro lado, considera que existe proliferação de laboratórios, laboratórios colaborativos, centros de excelência, centros de competências. "Há uma rede extraordinária, que é bom que exista, mas deveria ser mais coordenada. A pulverização excessiva pode não ser a melhor forma de rentabilizar o retorno do investimento que se faz".
Divanildo Monteiro sublinhou também o impacto que a mão de obra qualificada pelas universidades teve em setores como o vitivinícola do Douro ou a produção de leite entre Douro e Minho.
Luís Mira concorda que a inovação é global, "não é feita à medida portuguesa", e por isso confessa que "precisávamos de ter alguma especificidade nessa inovação nos setores em que somos líderes mundiais, como a cortiça, a pasta de papel, o vinho". Refere ainda que "no sistema universitário português, que tem vinte e tal universidades de agricultura, todos querem fazer tudo e depois ninguém se consegue focar".
Considera que as soluções "para a inovação, feitas pelo Estado, estão inadequadas da realidade" e que há carência na transferência de tecnologia e de conhecimento. "A inovação e a investigação são feitas pelo INIAV. Se pedirmos um relatório sobre a investigação que fez e que chegou ao agricultor nos últimos 20 anos, será muito pouco, e, se for sobre os últimos 30 anos, ainda será menos", disse Luís Mira.
Adianta que hoje "existem orçamentos comunitários para I&D, que estão integrados nas redes europeias de investigação, que estão ligadas às universidades. Não tínhamos esta rede mais densa de I&D, nem no número nem na proximidade". Mesmo assim, e em forma de provocação, defendeu que "algumas das universidades em Portugal deviam fechar amanhã e repensar o que estão a ensinar aos alunos, porque o que ensinam já não se usa".
Em resposta, Divanildo Monteiro, professor auxiliar e diretor do departamento de Zootecnia da UTAD, concordou que a " academia anda a falhar" e que é crítico de alguma investigação que se faz, "que tem pouco interesse para o setor, é pouco aplicada". Por outro lado, considera que existe proliferação de laboratórios, laboratórios colaborativos, centros de excelência, centros de competências. "Há uma rede extraordinária, que é bom que exista, mas deveria ser mais coordenada. A pulverização excessiva pode não ser a melhor forma de rentabilizar o retorno do investimento que se faz".
Divanildo Monteiro sublinhou também o impacto que a mão de obra qualificada pelas universidades teve em setores como o vitivinícola do Douro ou a produção de leite entre Douro e Minho.