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O risco de uma pandemia global informática

Miguel Maya, presidente executivo do Millennium bcp, prevê uma progressiva redução das taxas de juro já no próximo trimestre.

30 de Abril de 2024 às 14:30
Miguel Maya, presidente executivo do Millennium bcp Ricardo Nascimento
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"A maior preocupação no banco não é a evolução das taxas de juro, mas os riscos de cibersegurança e as implicações que uma pandemia global informática podem causar no funcionamento da economia mundial", referiu Miguel Maya, presidente executivo do Millennium bcp, no discurso de abertura da Millennium Talks dedicada ao turismo e que se realizou em Albufeira. Por outro lado, antecipou que "estamos muito próximos do ponto de inflexão da política monetária, ou seja, perspetivo que se possa contar com uma progressiva redução das taxas de juro já no próximo trimestre".

Miguel Maya fez uma análise do comportamento da economia portuguesa e considerou que "a imprevisibilidade e a instabilidade da conjuntura macroeconómica marcaram a economia portuguesa ao longo dos últimos 15 anos. Na última década, empresas e famílias tiveram de se adaptar a contextos voláteis marcados pela imprevisibilidade." Por isso, considerou que "é surpreendente constatar que o PIB e o emprego tiveram uma evolução notável".

Os números do sucesso

O presidente executivo do Millennium bcp mostrou que o contributo do turismo para o crescimento de 2,3% da economia portuguesa foi determinante. Como mostram os números. Foram 77 milhões de dormidas, mais 10,7% do que 2022, mais 30 milhões de hóspedes, uma subida de 13,3%, mais de 25 mil milhões de receitas, um aumento de 18,2% e 230 milhões de euros de proveitos. "São números que alcançados num contexto de enorme incerteza não deixam de ser verdadeiramente notáveis", sublinhou.

Na sua intervenção, Miguel Maya enumerou os principais desafios para a economia, que são a solução do problema da água, sobretudo no Algarve, a decisão sobre a construção do aeroporto de Lisboa e a ferrovia, a execução dos programas comunitários PRR e Portugal 2030, e a revisão da legislação laboral.

Para o BCP, "Portugal não é mais um mercado no nosso portefólio, é o principal mercado, e se os clientes e as empresas não forem bem-sucedidos, o BCP nunca será bem-sucedido". Sublinhou que as "ações do BCP valorizaram em 2023 na ordem dos 80% e só um banco cotado na Zona Euro teve uma valorização semelhante e a partir deste ano a política de dividendos mais generosa".

Menos impostos

"Turismo é valor porque cria riqueza e gera emprego como nenhuma outra atividade. Para o crescimento sustentável da atividade do turismo, é necessário investir, assim como é preciso que Portugal tenha as infraestruturas essenciais para acompanhar o crescimento", afirmou Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal. Entre os desafios internos que o turismo enfrenta, Francisco Calheiros enumerou desde a decisão sobre o novo aeroporto, a privatização da TAP, a execução do PRR assim como questões fiscais e laborais.