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"Há décadas que falamos da nossa plataforma continental. Mas temos de pensar isto não como um projeto para uns cientistas, que também é, mas pensar como uma forma de projeção de Portugal no mundo nas próximas décadas, quiçá nos próximos séculos. Por isso, é muito importante o que vamos fazer nos próximos anos", afirmou António Nogueira Leite, presidente do Fórum Oceano.
Este é um dos grandes desafios estratégicos de Portugal. "Faltam-nos recursos financeiros, falta-nos congregar através das nossas alianças, e faltam-nos meios que permitam também marcar a nossa soberania. Portanto, temos de ter as alianças, os meios, e a colaboração, um movimento cooperativo, porque todos somos poucos para tirar partido disto", sublinhou.
Segundo Nogueira Leite, o Fórum Oceano caracteriza-se por ser uma plataforma cooperativa, por isso, "mais uma razão para apoiar e para participar dessa cooperação". "Vamos ter de cooperar a vários níveis se quisermos de facto tirar partido da nossa plataforma marítima, que, obviamente, nos dá uma nova centralidade. Sempre foi um ponto de compensação para a nossa localização periférica relativamente ao centro da Europa. Não é só saltar os nossos vizinhos que estão entre nós e os Pirinéus, é também olhar para o outro lado do mundo."
Recentrar o país
António Nogueira Leite salientou que estes recursos de Portugal na plataforma marítima "não são cobiçados nem conhecidos apenas por nós". Por isso, a posse plena e com retorno passa por conhecer melhor este espaço e selecionar os "parceiros certos para, por um lado, garantir a sua soberania e, por outro, para fazer deles um aproveitamento equilibrado e para se centrar o valor de Portugal como detentor de alguma jurisdição sobre esses recursos e sobre essa área".
Este passa por recentrar o país, "eliminar, de alguma forma, muito do pessimismo do país, que tem uma demografia muito desfavorável, que não tem grandes recursos em terra, e os que tem depois ninguém os quer aproveitar, como o lítio e outras coisas. De um país que parece que vive ou quer viver daquilo que o centro europeu nos concede", refletiu António Nogueira Leite. Concluiu dizendo que "somos uma espécie de Ponce de Léon que estava a chegar à Fonte da Juventude eterna e nunca a alcançou. Nós queremos ser Vasco da Gama, nós queremos chegar ao nosso destino."
Este é um dos grandes desafios estratégicos de Portugal. "Faltam-nos recursos financeiros, falta-nos congregar através das nossas alianças, e faltam-nos meios que permitam também marcar a nossa soberania. Portanto, temos de ter as alianças, os meios, e a colaboração, um movimento cooperativo, porque todos somos poucos para tirar partido disto", sublinhou.
Segundo Nogueira Leite, o Fórum Oceano caracteriza-se por ser uma plataforma cooperativa, por isso, "mais uma razão para apoiar e para participar dessa cooperação". "Vamos ter de cooperar a vários níveis se quisermos de facto tirar partido da nossa plataforma marítima, que, obviamente, nos dá uma nova centralidade. Sempre foi um ponto de compensação para a nossa localização periférica relativamente ao centro da Europa. Não é só saltar os nossos vizinhos que estão entre nós e os Pirinéus, é também olhar para o outro lado do mundo."
Recentrar o país
António Nogueira Leite salientou que estes recursos de Portugal na plataforma marítima "não são cobiçados nem conhecidos apenas por nós". Por isso, a posse plena e com retorno passa por conhecer melhor este espaço e selecionar os "parceiros certos para, por um lado, garantir a sua soberania e, por outro, para fazer deles um aproveitamento equilibrado e para se centrar o valor de Portugal como detentor de alguma jurisdição sobre esses recursos e sobre essa área".
Há décadas que falamos da nossa plataforma continental. Mas temos de pensar isto não como um projeto para uns cientistas, que também é, mas como uma forma de projeção de Portugal no mundo nas próximas décadas, quiçá nos próximos séculos. Por isso, é muito importante o que vamos fazer nos próximos anos.
Vamos ter de cooperar a vários níveis se quisermos de facto tirar partido da nossa plataforma marítima, que, obviamente, nos dá uma nova centralidade. Sempre foi um ponto de compensação para a nossa localização periférica relativamente ao centro da Europa. Não é só saltar os nossos vizinhos que estão entre nós e os Pirinéus, é também olhar para o outro lado do mundo. António Nogueira Leite
Presidente do Fórum Oceano.
"Temos de tirar vantagens dos nossos recursos e o mar é o nosso grande recurso distintivo", realçou Nogueira Leite. Mas, observou, "não vale a pena fazer conferências atrás de conferências a dizer que há imensas riquezas, que somos nós a nona área marítima sobre a qual temos alguma jurisdição". A urgência está em ter um plano a longo prazo "que depois tenha decorrências no curto prazo e temos de começar hoje, temos de urgentemente começar a lançar as pedras de um caminho em que sabemos qual é o objetivo final".Vamos ter de cooperar a vários níveis se quisermos de facto tirar partido da nossa plataforma marítima, que, obviamente, nos dá uma nova centralidade. Sempre foi um ponto de compensação para a nossa localização periférica relativamente ao centro da Europa. Não é só saltar os nossos vizinhos que estão entre nós e os Pirinéus, é também olhar para o outro lado do mundo. António Nogueira Leite
Presidente do Fórum Oceano.
Este passa por recentrar o país, "eliminar, de alguma forma, muito do pessimismo do país, que tem uma demografia muito desfavorável, que não tem grandes recursos em terra, e os que tem depois ninguém os quer aproveitar, como o lítio e outras coisas. De um país que parece que vive ou quer viver daquilo que o centro europeu nos concede", refletiu António Nogueira Leite. Concluiu dizendo que "somos uma espécie de Ponce de Léon que estava a chegar à Fonte da Juventude eterna e nunca a alcançou. Nós queremos ser Vasco da Gama, nós queremos chegar ao nosso destino."