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Um setor forte

Atividade seguradora em Portugal encontra-se bem, mas existem arestas a limar.

17 de Março de 2020 às 17:42
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A atividade seguradora é fundamental para a sociedade e para a economia, seja a nível nacional ou internacional. É um setor que está em transformação e obrigado a adaptar-se. Em Portugal, dizem-nos os peritos, esta atividade encontra-se bem, sólida, mas tem muitos desafios pela frente.

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), cujo conjunto de associados representa atualmente mais de 99% do mercado segurador, quer em volume de negócios, quer em efetivos totais empregados, diz que o setor segurador em Portugal "mantém um perfil sólido, enquanto atividade com uma importante contribuição para o financiamento da economia". "Os dados mais recentes mostram que conta com 10.148 empregos diretos e uma contribuição para o PIB de 6%. A estes dados deve-se acrescentar a rede de mediadores e corretores relacionados ao setor, indicadores que revelam a importância do setor segurador na economia nacional".

 

O responsável da APS sublinha ainda a sua capacidade de dar resposta às necessidades do país, de forma célere, sobretudo em caso de catástrofes. "É expectável que esta característica setorial seja cada vez mais necessária no contexto nacional, tendo em conta a maior frequência dos fenómenos extremos", antevê.

 

Paulo Silva, diretor de desenvolvimento comercial da PRÉVOIR, refere que apesar de o mercado "estar em quebra, em grande parte devido às baixas taxas de juro que desmotivaram a subscrição de produtos vida financeiros, o setor hoje está mais credível – após a crise financeira e em comparação com a banca – e mais forte em termos de solvabilidade".

No que toca aos players no mercado, tem-se assistido a novas aquisições e fusões, uma tendência que se irá manter. Paulo Silva acrescenta que há novos desafios pela frente: a era das tecnologias e do digital, uma sociedade mais envelhecida, as necessidades específicas dos "millennials", os ciberataques, as alterações climáticas ou mais recentemente "as doenças globais".

 

"Este ano, em concreto, as empresas de seguros terão de responder às novas exigências preconizadas em duas novas normas internacionais de contabilidade, a IFRS9 e a IFRS17, que terão grande impacto na atividade seguradora. O ramo segurador está, sem dúvida, a conhecer uma nova era da qual também fazemos parte e que dela seremos agentes ativos", assegura.

 

Luís Tavares, diretor coordenador nacional da DS SEGUROS, afirma que o setor segurador, no que diz respeito às seguradoras, "tem vindo a fazer uma adaptação à realidade importante, com muitas concentrações, pois existiam seguradoras a mais, que em vez de trazerem mais-valia para os clientes, traziam apenas distorção no mercado e más práticas, o que levou algumas seguradoras a terem dificuldades sérias".

 

O diretor coordenador nacional da DS SEGUROS prossegue, alertando que ainda há trabalho importante a fazer, dado que existem segmentos de seguros em Portugal com graves desequilíbrios nos resultados e que terão de ser corrigidos, sobretudo nos ramos auto e acidentes de trabalho.

 

Do ponto de vista da mediação, conclui Luís Tavares, tem igualmente "havido alterações importantes no sentido da profissionalização da atividade, com uma diminuição significativa de pequenos mediadores que não conseguem cumprir as exigências atuais do mercado, o que tem valorizado a atividade e o serviço ao cliente".

 

Áreas a melhorar

 

Corvaceira Gomes, diretor executivo da APROSE, explica que o setor segurador em Portugal se encontra "bem e sólido de uma forma geral". Todavia existem, de acordo com informações dos seus associados, áreas que requerem "especial atenção, designadamente no pricing praticado por algumas empresas de seguros em ramos cujos resultados técnicos não o deveria permitir". Desta forma vai-se "desvirtuando a concorrência, na área das vendas ‘forçadas’, denominadas de ‘associadas’ a produtos de seguros, em especial no crédito a particulares e empresas, e remunerações aí praticadas, com a agravante de integrarem o modelo da venda sem aconselhamento e em que o fenómeno da ‘punição da lealdade’, aquando da renovação dos contratos, assume maior acuidade".

 

Carlos Martins, diretor-geral da SABSEG, conta que o setor segurador nacional, até pela intervenção da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, está no caminho do "equilíbrio técnico dos seus resultados de exploração, com consequente e natural reforço da solidez financeira dos principais operadores".

 

Apesar do elevado número de seguradoras autorizadas a atuar neste mercado em Portugal, existe "alguma falta de ofertas e soluções, ao nível de seguros, para os riscos corporativos, sobretudo para os de maior dimensão", ressalva Carlos Martins. "É esta uma das razões pelas quais um corretor com o nosso perfil, focado no desenvolvimento de soluções à medida das necessidades de proteção das pessoas, das responsabilidades e do património das empresas, acrescenta um valor acrescido para os seus clientes."

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