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Um setor, muitos desafios

Digital, envelhecimento da população e mudanças climáticas. Eis os principais desafios da área seguradora.

17 de Março de 2020 às 16:54
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O setor dos seguros está em mutação e os desafios que há pela frente são muitos. Indagámos José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), quais são as principais ameaças para as seguradoras em Portugal. E também o que se pode fazer para responder a essas ameaças?

 

"As novas tendências mundiais implicam um conjunto de novos desafios para o setor", começa por responder, prosseguindo: "Neste contexto, destaque para o desenvolvimento tecnológico, com os respetivos benefícios, mas que também acarretam novos cenários para o setor". O responsável da APS deixa dois exemplos destes novos cenários: os riscos cibernéticos, no imediato; e os riscos associados aos veículos elétricos, num futuro próximo.

 

No que diz respeito à demografia, uma grande desafio será envelhecimento, fator expectável na dinâmica económico-social. "O setor tem apostado em várias vertentes para dar respostas integradas cujo objetivo é proporcionar à população sénior uma melhor qualidade de vida e um envelhecimento mais ativo nos próximos anos".

 

As mudanças climáticas são igualmente outra vertente com vários desafios. Estes desafios têm como resultado novas necessidades e expetativas de famílias e empresas, levando a indústria a desenvolver permanentemente "um trabalho que permita dar resposta a estas novas realidades, quer seja aperfeiçoando a oferta existente quer desenvolvendo novas ofertas para novos riscos".

 

Por sua vez Corvaceira Gomes, diretor executivo da APROSE, que prefere falar em desafios e não em problemas, diz que "o principal repto que se coloca ao setor segurador à escala global passa por continuar a incorporar nos seguros a solução em termos de transferência de riscos que uma realidade em constante e cada vez mais rápida mudança, sobretudo digital, impõe a toda a sociedade civil e empresarial". "Não somente em termos de acompanhamento e atualização, como reforçando o seu papel como instrumento de gestão da segurança das pessoas, património, responsabilidades e atividades". 

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