A Companhia de Seguros Prévoir-Vie Groupe Prévoir, S.A é um caso de sucesso. A sucursal portuguesa do Groupe Prévoir, especialista em seguros de pessoas, está em Portugal em contraciclo com o Ramo Vida e a aumentar em volume de prémios emitidos. Também cresceu acima do mercado de vida nos produtos de risco. E conseguiu atingir pela primeira vez as 50 mil apólices ativas no final do ano. Vamos, no entanto, recuar no tempo e começar por explicar que a PRÉVOIR iniciou a sua atividade em Portugal em 1996 e opera nas áreas da previdência, poupança e reforma.

Paulo Silva, diretor de desenvolvimento comercial da PRÉVOIR, faz um balanço muito positivo da operação nacional, falando em 24 anos de consolidação de um projeto que começou "bem pequeno, num escritório em Braga, e que hoje a partir da sua sede no Porto, inaugurada em 1999, chega aos portugueses através de 16 agências próprias e de uma rede comercial genuína que conta com 750 mediadores". "São 24 anos que refletem a nossa respeitabilidade e referência no mercado. A PRÉVOIR integrou-se em pleno no mercado português e no ramo vida. Temos que nos orgulhar disso", salienta.

Os números mostram precisamente a afirmação e crescimento da companhia de seguros em Portugal com um aumento de 21% da produção, em volume de prémios emitidos, em contraciclo com o mercado Ramo Vida (-14%). Paulo Silva acrescenta que nos produtos de previdência cresceram 19%, 15 p.p. acima dos 4% que o mercado de vida alcançou para este ramo. Além de pela primeira vez a PRÉVOIR ter atingido as 50 mil apólices ativas no final do ano, como tinha sido supracitado.

Já no balanço que faz do Grupo Prévoir, fundado em França há 110 anos, Paulo Silva salienta a adaptação à evolução da sociedade e a fidelidade à missão inicial de proteger as pessoas. Em França, a PRÉVOIR alargou o seu modelo de distribuição com parcerias de venda em "marca branca" e desde 2019, com a aquisição da AssurOne e da Utwin, diversificou-se na "corretagem e no digital". E tem sempre mantido "uma solidez financeira ímpar, o que é uma garantia para os seus clientes, colaboradores, parceiros e acionistas".

Independentes grupos bancários e financeiros

O que distingue a PRÉVOIR de outras empresas especialistas em seguros de pessoas é a total independência de qualquer grupo bancário ou financeiro. Paulo Silva destaca também a gestão rigorosa do Grupo.

"A excelente solvabilidade, a estratégia, a posição competitiva e a qualidade da carteira de investimentos da PRÉVOIR são regularmente distinguidas pela agência de notação internacional e independente S&P Global Ratings que atribui, há 13 anos, a classificação A- às companhias de seguros do Grupo e BBB à holding, com uma perspectiva estável". E prossegue: "Os rácios de cobertura de solvabilidade são claramente superiores aos mínimos impostos pela regulamentação Solvência 2. O rácio é de 2 para a Prévoir-Vie e de 4,3 para Prévoir-Risques Divers."

Em Portugal, o modelo de negócio da PRÉVOIR assenta numa relação de "proximidade com os segurados". Também a sua dimensão acaba por ser um "grande trunfo".

Entre os desafios para o futuro está o aumento das parcerias para assumir a posição de seguradora de referência em soluções de seguros pessoais e acompanhar a evolução da sociedade, do setor e da transformação digital.

Paulo Silva informa ainda que a PRÉVOIR em Portugal já tem "autorização para explorar os seguros de Doença e Acidentes Pessoais". "Este ano, vamos estrear-nos na distribuição destes dois ramos, reforçando a nossa oferta nos seguros de pessoas".

Quanto ao estado em que se encontra o ramo vida em Portugal, o diretor de desenvolvimento comercial da PRÉVOIR, aponta os dados divulgados pela ASF sobre a atividade seguradora em 2019, nos quais se percebe que o ramo vida "apresentou um decréscimo de 13,9% face a 2018". "Para esta percentagem, contribuiu o peso da carteira dos PPR, uma vez que estes registaram um decréscimo de 10%."

Para Paulo Silva, estes números mostram que o ramo vida se encontra sobretudo "assente sobre a poupança (PPR), sendo sabido que a preparação da reforma é uma preocupação dos portugueses". "Por outro lado, as taxas de juro praticadas e os incentivos fiscais têm retirado a atratividade para estes tipos de produtos."