A MDS é hoje uma multinacional, com interesses em cerca de 100 países, pelo que conhece muito bem a realidade económica e empresarial a nível global. Como vê o sector dos seguros a nível mundial no actual contexto económico?
O sector dos seguros tem sido afectado pela mudança disruptiva dos comportamentos dos clientes e pela entrada de operadores com novos modelos, provocada pela velocidade da alteração tecnológica, ameaçando (ou desafiando) o seu crescimento.
Entre os muitos desafios que enfrenta podemos destacar os movimentos de consolidação do sector, a transformação digital de todas as indústrias, o desenvolvimento da sharing economy, o impacto do terrorismo e da desigualdade social no mundo, as alterações climáticas, uma regulamentação em rápida mudança ou o envelhecimento da população.
Quais as principais tendências que identifica ao nível da oferta de seguros e na actividade seguradora?
O ambiente de negócio em que os seguradores se encontram, com significativas mudanças sociais, tecnológicas, económicas, ambientais e políticas, está a moldar as necessidades e as expectativas dos clientes, impondo-lhes a necessidade de se ajustarem sob pena de hipotecarem o seu sucesso. Os novos riscos e as novas áreas de negócios estão a impulsionar uma reinvenção do processo de desenvolvimento de soluções. Um processo de co-criação, baseado na partilha de experiências, conhecimentos entre o sector segurador e os agentes económicos. Paralelamente, destaco o foco na eficiência do prémio, o conceito de "pay-per-use". Ou seja, o custo do seguro depende do uso, seja ele medido em quilómetros, espaço temporal, etc.
Ao nível da actividade, os seguros vão passar cada vez mais por soluções de prestação de serviço e assistência, mantendo, no entanto, uma componente de indemnização. Diria até que haverá uma inflexão, assumindo o serviço um peso muito maior ao nível do produto disponibilizado pela seguradora. Cada vez mais são fundamentais as parcerias com sectores que possam assegurar essa vertente, e é nesse sentido que a MDS tem vindo a trabalhar nos últimos anos.
A MDS tem vindo a distinguir-se pela aposta na inovação e na digitalização. Que iniciativas tem desenvolvido e implementado?
A MDS tem estado na vanguarda da inovação em vários domínios. Faz parte da nossa essência acompanhar e antecipar tendências.
Nesse sentido, as nossas iniciativas desenvolvem-se em três eixos: o reforço da experiência para o cliente, a maior flexibilidade e rapidez na resposta ao mercado e a maximização da agilidade ao nível de processos internos.
Um exemplo desta nossa visão é a criação do MDS Lab, um hub de inovação cuja missão é a de apoiar a criação e o desenvolvimento na empresa de projectos inovadores de elevado potencial, colocando desta forma a MDS na vanguarda dessas tendências.
Quais as vantagens para os clientes?
As vantagens fazem-se sentir ao nível da qualidade do serviço, da velocidade de resposta, da coordenação das acções. Por um lado, os clientes podem rapidamente dispor de soluções de seguros adaptadas, beneficiar do nosso apoio ao nível da consultoria de risco e construir dispositivos de protecção personalizados. Por outro, podem aceder aos nossos serviços a partir de qualquer ponto de contacto, o que se traduz num aumento da comodidade e autonomia.